Paraty - Depois de uma década de festa, a Flip encara a puberdade com ares ainda infantis. Embora seja inquestionável a relevância intelectual do evento, a última edição (encerrada no último domingo) deixou a desejar. As principais atrações da festa cancelaram a participação e, aos poucos, a expectativa para as principais mesas minguou. Para muitos, o circuito alternativo acabou promovido de coadjuvante à protagonista.
[SAIBAMAIS]O francês Michel Houellebecq, que seria o principal nome da festa, alegou motivos pessoais e não deu as caras. Os holofotes então se viraram para o norueguês Karl Ove Knausg;rd, que surpreendeu mercado editorial mundial com os volumes autobiográficos da obra Minha vida. Não veio. Os tais motivos pessoais, mais uma vez.
Uma coincidência de cenários em atual conflito (aqui e no Egito) causou ansiedade pela chegada do poeta egípcio Tamim Al-Barghouti. Depois de muita especulação sobre sua presença, ele embarcou. No meio do caminho, perdeu o passaporte (assim relata o parecer oficial) e voltou para o país de origem. Precisavam dele por lá, certamente.