postado em 15/07/2013 08:00
Nem parece, mas a cantora e compositora carioca Joyce completou 65 anos em janeiro. Além disso, seu primeiro disco, Joyce, foi lançado 45 anos atrás, revelando ao Brasil uma artista de linhagem nobre e criadora de talento. Mas as datas não foram suficientes para a artista planejar uma comemoração especial. O que 2013 trouxe ao público ; e que, para os fãs, já é especial ;, foi o recém-lançado álbum Tudo, primeiro inteiramente autoral em uma década. ;Estou apenas seguindo o fluxo da carreira e da vida. Já é um bocado de coisa;, disse ela ao Correio, por e-mail. ;Este ano, estamos indo para a quarta turnê internacional, no fim de julho, e ainda teremos mais uma em setembro. É muito trabalho.;
Mais afiada do que nunca nas criações (ela assina sozinha oito das 13 faixas), Joyce reviu amigos em algumas parcerias e conclamou novos nomes para seguirem sua toada. Nelson Motta e Teresa Cristina estão nesse último time. ;Parceria é sempre interessante, é ouvir o outro e dividir a criação. No caso do Nelson, somos amicíssimos há mais de 40 anos e, incrivelmente, nunca tínhamos composto juntos. Ele ouviu o meu CD Slow music e propôs que fizéssemos uma canção no gênero. Assim, saiu Estado de graça;, conta a artista. ;Com a Teresa, nasceu em Brasília, quando dividimos o palco numa homenagem a Clara Nunes.;
Já Paulo César Pinheiro e Zé Renato não são novidades no repertório de canções a dois de Joyce, que também brinda o ouvinte com seu violão durante todo o disco. Aliás, além de revelar Joyce em ótimo momento como instrumentista, Tudo mostra a gama de estilos musicais que seu tocar comporta ; do galope nordestino ao jazz, passando, claro, por muito samba.