postado em 18/07/2013 09:12
A mostra competitiva do 46; Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, marcado para acontecer entre 17 a 24 de setembro, segue dividida entre documentários e ficções (longas e curtas). A seleção competitiva, divulgada ontem, equilibra diretores veteranos, estreantes e representantes de vários estados brasileiros. Estão na competitiva de longas-metragens de ficção, a categoria que acumula o maior número de prêmios, duas produções do Rio de Janeiro, duas de São Paulo, uma da Bahia e uma do Ceará. As comissões resolveram selecionar apenas produções inéditas no Brasil. "Nós demos liberdade de escolha aos curadores e eles optaram assim", explicou o secretário de Cultura, Hamilton Pereira. "É bom frisar que todos os filmes foram assistidos integralmente", anunciou o diretor-geral do Festival de Brasília, Sérgio Fidalgo, espantando as desconfianças que povoaram as seleções de edições passadas. As produções de Pernambuco, que em 2012 dominaram a competição, foram reduzidas à participação do curta de ficção Au revoir, de Milena Times; o longa documentário O mestre e o divino, de Tiago Campos; e animação Deixem Diana em paz, de Julio Cavani.
Na competitiva de ficção, há uma produção de época, dirigida pela dupla Cláudio Marques e Marília Hughes, Depois da chuva, representante da Bahia, já ganhou exibição especial no Festival de Cannes deste ano. O veterano Rosemberg Cariry concorrerá com a ficção cearense Os pobres diabos. O paulista Paulo Sacramento, diretor do documentário O prisioneiro da grade de ferro, apresenta o longa de ficção Riocorrente. Um estreante em ficção, o documentarista carioca Vicente Ferraz (Soy Cuba - Mamute siberiano, 2004) concorre com A estrada 47 (a montanha). O diretor uruguaio-israelense, radicado em São Paulo, é um estreante na direção de longas-metragens, com Avanti popolo. Encerra os selecionados, a ex-companheira de Glauber Rocha a francesa Paula Gaitán, com Exilados do vulcão.
[SAIBAMAIS]Na seleção de longas documentais concorre um representante do Distrito Federal, Plano B, codirigido por Getsemane Silva e Santiago Dellape (ambos estreando na direção de longas). Assim como na competitiva de ficção, a seleção balanceou trabalhos de veteranos e de iniciantes de vários estados. A documentarista Maria Augusta Ramos, conhecida por discutir questões sociais por meio do tratamento jurídico em Justiça (2004) e Juízo (2008), exibirá o novo Morro dos prazeres. Seguida pela produção capixaba Outro sertão, de Adriana Jacobsen e Soraia Vilela. A Bahia trouxe mais um representante com Hereros Angola, de Sérgio Guerra. O cineasta Silvio Tendler, velho conhecido de edições do Festival, desta vez, ocupará a tela de projeção como personagem. A arte do renascimento - Uma cinebiografia de Silvio Tendler, dirigida por Noilton Nunes está na seleção.