postado em 01/08/2013 10:00
A loucura é um tema que ganha destaque na literatura por meio de escritores afinados em percebê-la e descrevê-la em contos, novelas ou romances. Os indícios de insanidade que caracterizam o personagem de O legado de Humboldt, por exemplo, são descritos com maestria. O romance, que rendeu ao autor Saul Bellow o prêmio Nobel de Literatura de 1976, foi relançado em julho, e apresenta um personagem que se considera maníaco-depressivo, coleciona livros de Freud e lê revistas de psiquiatria. ;Depois que a gente lia a Psicopatologia da vida cotidiana, sabia que a vida cotidiana era psicopatologia. Isso não era problema para Humboldt;, diz o narrador logo no início do romance.A relação dos personagens com a loucura aparece em outros clássicos da literatura, como é o caso do anti-herói Dom Quixote, de Miguel de Cervantes. A insanidade da figura errante é tratada com humor sagaz, consagrado na obra do escritor espanhol. Outras tramas mostram que o conflito com a loucura transforma-se em situações complexas no cotidiano do personagem, situação que Madame Bovary, de Gustave Flaubert, por exemplo, não consegue contornar. Machado de Assis, Shakespeare e Fernando Sabino também deram vida à loucura por meio da ficção, em títulos célebres, como O alienista, Hamlet e O grande mentecapto, respectivamente.
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