postado em 06/08/2013 06:00
Uma família de pioneiros chega a Brasília a bordo de um caminhão empoeirado para acompanhar uma inauguração importante na cidade. Estranho, o tempo é hoje. O ano é 2013. As instalações oferecidas aos personagens interpretados pelos atores Simone Iliescu e Eduardo Moscovis nos transportam de volta ao período inaugural da capital no fim dos anos 1950. A sinopse faz parte do enredo da ficção O outro lado do paraíso. Na segunda etapa do longa-metragem, a produção ocupará a réplica de uma cidade-satélite dos anos 1960, construída no esquecido Polo de Cinema e Vídeo. A última produção que se tem notícia feita no lugar foi o curta-metragem Dona Custódia (2005), de Adriana de Andrade.
É exemplar levar um personagem como o biscateiro do interior de Minas Gerais, Antonio ; vivido por Moscovis ;, movido a utopia, a encenar em um lugar cuja função sempre foi mais utópica do que prática. Ao longo dos anos, a criação física do Polo de Cinema e Vídeo do Distrito Federal mostrou ser um delírio político-cultural, sem qualquer continuidade. Um ;oásis cinematográfico; inserido no meio do Planalto Central, o lugar já foi chamado de Hollywood do Cerrado, mas seria mais apropriado tratá-lo como a Hollywood do Descaso pelos governos passados, tamanha é a coleção de desmandos, desacordos e abandonos que sofreu ao longo dos mais de 20 anos desde sua criação.
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