Diversão e Arte

Arte interativa mostra charges censuradas pela ditadura militar

Ziraldo, Jaguar e Henfil são alguns nomes que se destacaram pelas críticas ao governo e à censura

postado em 07/08/2013 08:00
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;O humor corrige os costumes.; O provérbio latino pode ser corroborado, também, na história do Brasil por meio da charge, especialmente nos períodos mais perversos da ditadura militar, nos quais a liberdade de expressão foi suprimida. Durante a época, entre 1964 e 1985, cartunistas e chargistas assumiram uma frente de resistência por meio das mensagens dos desenhos, publicados em grandes jornais e em veículos assumidamente nanicos e panfletários, como O Pasquim. O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em parceria com o Instituto Vladmir Herzog, inaugura, nesta semana, a exposição Resistir é Preciso, com documentos, cartazes inéditos e acervo de toda a imprensa clandestina da época. No contexto apresentado pela mostra, a charge aparece como instrumento importante tanto nos momentos mais difíceis e repressivos dos anos de chumbo ; pós o Ato Institucional N; 5, em 1968 ; quanto da época que marcou a abertura política, a partir de 1974. Em Brasília, o chargista Lopes, então funcionário do Correio, publicou diversos desenhos com críticas ao governo, aos problemas econômicos e à falta de liberdade de expressão. No Rio de Janeiro, nomes como Ziraldo, Jaguar e Henfil ganharam destaque nesse cenário e criaram meios criativos e ousados de driblar a censura e cutucar o governo ou instigar na população sentimento contrário à resignação.

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