"Acho que só fiz três filmes acima da média - e sou muito rigoroso com minha carreira. Julgo extraordinários, ou seja, fora do ordinário: O romance da empregada, Atos de amor e Última parada 174. Estou desconfiando de que Flores raras seja o quarto dessa lista", comenta o diretor Bruno Barreto, ao falar do longa que estreia amanhã em mais de 100 salas do circuito nacional. Sem renegar sucessos como Dona Flor e seus dois maridos, Barreto abre alas para a vida conjugal da poeta Elizabeth Bishop e da urbanista Lota de Macedo Soares, almas criadoras no campo das artes e que, nos anos 1950, chegaram a dividir a mesa - ao lado de Vinicius de Moraes, Carlos Leão e Manuel Bandeira - com a mãe dele, Lucy Barreto, justo a produtora de Flores raras.
Duas atrizes de estatura, Glória Pires e a australiana Miranda Otto, deram estofo à fita, já exibida na seção Panorama do Festival de Berlim e na abertura do Festival de Gramado. "O processo de um filme é sempre dinâmico e resulta do rendimento de uma equipe. Sem um bom roteiro, nem o melhor diretor do mundo consegue fazer um belo filme. Além de grandes atrizes, Glória e Miranda são inteligentes. Elas têm a verdade e refletem em torno do que fazem. Pela natureza da história, houve o enriquecimento de ambas", nota Barreto. "Baixinhas", as intérpretes se mostraram "ambiciosas". "Elas queriam alcançar a lua", brinca Lucy Barreto, relacionando o feito ao título internacional da fita (Buscando a lua, em livre tradução).
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