Diversão e Arte

Coletivo Irmãos Guimarães traça panorama da cena local e faz comparações

Fernando e Adriano Guimarães estão em cartaz na cidade com o espetáculo À Deriva, no CCBB

postado em 26/08/2013 08:31
Fernando e Adriano Guimarães estão em cartaz na cidade com o espetáculo À Deriva, no CCBB
Eles não param. Fernando e Adriano Guimarães estão sempre produzindo. Há anos despontaram como figuras centrais no panorama cênico da capital. Conhecem o metiê melhor do que ninguém. O Coletivo Irmãos Guimarães, que formaram, acabou se tornando um celeiro de produções ousadas, com repercussão nacional.

[SAIBAMAIS]Enquanto conversava com o Correio, Fernando cuidava dos últimos detalhes da exposição Rumor, em São Paulo, terceira cidade a receber a instalação, criada com o irmão e com o artista plástico Ismael Monticelli. Brasília e Rio vieram antes. Em outubro, o coletivo embarca para a Alemanha, onde irá representar o país na Feira do Livro de Frankfurt. E assim tem sido. De alguma forma, são exceções à regra. Ou vice-versa.


Na entrevista a seguir, Fernando traça um panorama do teatro local, com seus problemas e soluções possíveis, compara a cena brasiliense com a dos demais eixos e sugere medidas que possam favorecer a arte na capital.

Como você faria um paralelo entre as artes cênicas em Brasília e no resto do país?
A situação de Brasília é análoga àquela vivida nacionalmente. As dificuldades que enfrentamos aqui não são muito diferentes das encontradas em Belo Horizonte ou no Rio de Janeiro. Entre as tendências atuais, por exemplo, percebo a preferência pela comédia. Isso ocorre em todo o país. Não sei dizer se é algo positivo ou negativo, mas tenho a impressão de que o público também pode se interessar por outros gêneros.

Quais as dificuldades da cena em Brasília?

Primordialmente, a falta de espaços, que dificulta bastante o desenvolvimento cênico da capital. Temos a sala Martins Penna, que se encontra em uma situação degradante. O teatro Dulcina de Moraes, tão tradicional, vive dias incertos. Torcemos para que possa se recuperar. Não há espaços suficientes. Por isso, a importância de iniciativas como a do Banco do Brasil ou da Caixa. Mas, mesmo assim, as temporadas são curtas. As peças em Brasília não costumam ficar nem um mês em cartaz.

Programação de hoje

À deriva
Do Teatro do Instante. Hoje, no CCBB (Setor de Clubes Sul), às 20h. Ingressos: R$ 10 (meia-entrada). Não recomendada para menores de 16 anos.

À Deriva, do Teatro do Instante (DF). No CCBB ; Jardins, às 20h. Classificação Indicativa: 16 anos
Espetáculo concebido através de um processo colaborativo, tendo como motor criativo a sutil trama da memória, de lembranças que presentificam, acumulam, desvendam, acusam e arrastam. Memórias ancestrais e recentes. De cada um e do outro. A do corpo, da carta, do encontro ou espera. Memórias que transitam entre o pessoal e o ficcional, o cotidiano e o fantástico. Nesse tecido se entrelaçam vestígios de histórias e personagens em costuras que atravessam diversos tempos e espaços. O espetáculo é realizado em uma estrutura construída especialmente para a montagem.

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