Aos 16 anos, o brasiliense Kdu Peixoto curtia Pink Floyd e tinha sempre embaixo do braço algum dos discos da banda inglesa ; além de um Discman para escutá-los. O grunge americano também fazia sua cabeça. Morador da Asa Sul, cursava o 2; ano no Centro de Ensino Médio Setor Oeste e passava as tardes no Parque da Cidade ou na casa de amigos. Arranhava o violão e trazia na manga canções dos Paralamas do Sucesso e do Capital Inicial. Isso em 1998. Em 8 de agosto daquele ano, um sábado, calçando um All-Star, Kdu e um amigo assistiram à primeira edição do Porão do Rock. A mãe do comparsa deixou os dois garotos na Concha Acústica, às margens do Lago Paranoá, antes de o Sol se pôr. Até a madrugada, eles e mais 10 mil pessoas acompanharam, vidrados, as 14 bandas brasilienses que inauguraram o festival mais importante da cena musical candanga.
O Porão do Rock chega à 16; edição no próximo fim de semana. Entre a noite de sexta e a madrugada de domingo, 38 grupos tocam no estacionamento do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Kdu, hoje empresário, e com 31 anos, vai estar lá. ;Pelo menos um dia, para prestigiar;, garante. Em 1998, quando ele e o amigo aportaram na Concha, o show que estava rolando era da Bigroove. As performances de Pravda, Ponto G e Engels Espíritos Band também ficaram guardadas na memória.
;Jogaram uma camisa do palco, com a logo do festival e os nomes das bandas, e eu peguei;, recorda ele. Outros suvenires recebidos pelo jovem naquele sábado foram um CD autografado da Mata Hari e palhetas usadas por integrantes do Plástika e do Maskavo Roots. ;Lembro-me de ter assistido a vários ensaios do Maskavo, então foi demais vê-los tocando ali;, conta. Kdu voltou ao festival como espectador nos anos seguintes e, entre 2004 e 2008, foi voluntário na produção do Porão, atuando nos camarins.
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