Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Projeto reúne imagens de famosos vestidos como personagens do sexo oposto

A provocação é da fotógrafa uruguaia Diana Blok. As fotos serão projetadas nas paredes do Museu Nacional de Brasília



;O mote para esse projeto é que o teatro tem uma longa história de travestismo e representação de gênero, desde a Grécia Antiga. Mesmo hoje, o palco continua uma zona especial, onde a sondagem da identidade sexual e a reconsideração das fronteiras de gênero são continuamente explorados;, explica Blok, em entrevista ao Correio. Ela conta que provocou os artistas com a questão: qual papel originalmente concebido para o sexo oposto você gostaria de representar?

Blok, que mora na Holanda há 30 anos, considera a experiência com a ;fotografia encenada; em Brasília ;absolutamente incrível, uma verdadeira alegria;. Os atores selecionados vieram, segundo a fotógrafa, com ;atitude aberta, curiosa e amorosa, prontos para descobrir esse lado de si mesmos;.

Ao longo de 35 anos trabalhando como fotógrafa profissional ; a maior parte desse tempo no mundo das artes ; o trabalho de Blok continua a explorar as fronteiras da identidade e gênero, enquanto a artista se diz cada vez mais convencida de que a identidade é muito mais fluida que o que somos ensinados a acreditar.

;A liberdade de escolher a sua identidade sexual e alterá-la de acordo com o que você sente ameaça muitos sistemas de crenças fixos. Por isso, eu também acredito que esse projeto tem uma razão de ser, neste exato momento no Brasil, onde tanta mudança está em curso. Temos mais liberdade (direitos dos homossexuais) de um lado e um crescente e agressivo conservadorismo no outro;, conclui.

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