Diversão e Arte

Lobão encerra a 16ª edição do Porão do Rock; Paralamas agita público

A brasiliense Galinha Preta também contagiou a plateia ao desfiar o melhor do hardcore da banda

postado em 01/09/2013 07:05
Faltavam 10 minutos para as quatro horas da manhã do domingo (1;/9), quando Lobão encerrou os últimos acordes de Radio blá, que fechou a 16; edição do festival Porão do Rock. O cantor e compositor subiu no palco com cerca de 40 minutos de atraso, fugindo a regra do festival que primou pela pontualidade na grande maioria de suas atrações.

No sábado, a banda Paralamas do Sucesso foi um dos destaques, focando boa parte do repertório do show (comemorativo nos seus 30 anos de carreira) nos primeiros álbuns da carreira (principalmente Cinema mudo, O passo do Lui, e Selvagem?). Antes do show, Herbert Vianna reforçou a importância em se apresentar no evento. ;O Porão do Rock é uma iniciativa muito bonita, é uma referência muito boa estarmos comemorando 30 anos de carreira em uma cidade onde eu e o Bi (Ribeiro) crescemos. É muito emocionante para nós estarmos nos apresentando neste festival, em Brasília;, acrescenta.

Paralamas do Sucesso

Porém o show mais divertido da noite, sem a menor dúvida, foi da banda Galinha Preta (DF). Com muito humor e um discurso afiado, o vocalista Frango e sua trupe descarregaram no público o melhor do seu hardcore com mais de uma década de história. No mesmo palco, Krisium (RS) e Leptospirose (SP) honraram suas tradições e os norte-americanos do grupo The Mono Men, fizeram um show esvaziado, pois a maioria do público preferiu curtir a competente apresentação do Suicidal Tendencies, no palco oposto.

A maior decepção do domingo foi Mark Lanegan (EUA). Com uma rica trajetória (com a banda Screaming Trees, além de aclamados álbuns solo e belas participações no Queens of the Stone Age), o músico fez o show errado, para o público errado. Acompanhado de dois músicos (com violão, baixo ou guitarra), o som sereno que ecoava dos alto-falantes eram ideais para uma apresentação intimista em um teatro, mas jamais em um palco aberto, para milhares de pessoas. Bocejante.

Super ComboQuem não fez feio foram os capixabas do Supercombo (rock alternativo) e os cearenses do Rocca Vegas (hardcore com pegada pop), que empolgaram os curiosos que chegaram um pouco mais cedo.

Primeiro dia

Na noite de sexta-feira (30/8), roqueiros de todas as idades, desde jovens até idosos acompanharam uma maratona que começou às 18 horas, com a banda Penteando Macaco, do Entorno. O melhor show da noite foi do Dead Fish (ES), que empolgou o público selecionando músicas representativas de própria trajetória. O Soulfly, liderado por Max Cavalera, fez a alegria dos metaleiros de plantão, principalmente quando relembrou alguns clássicos de seu antigo grupo, o Sepultura, como Territory, Refuse / Resist e Roots bloody roots.

[SAIBAMAIS]O Capital Inicial desfilou burocraticamente seus hits encantando a plateia que já estava na mão desde o primeiro riff de guitarra. Em compensação, os cearenses do grupo Selvagens a Procura de Lei surpreendeu o público com uma excelente apresentação, amparada em belas melodias, influenciadas pelo rock progressivo nacional da década de 1970.

A banda local Cadibóde e os goianos do grupo The Galo Power também arrancaram aplausos com suas ótimas apresentações.

Infraestrutura

O festival ofereceu uma boa infraestrutura, com praça de alimentação (que apresentou filas, que não demoravam), pista de skate, bungee jump, loja de produtos e rapel. A quantidade de banheiros químicos parecia insuficiente, mas atendeu satisfatoriamente, sem filas. O ponto negativo foi o número extremamente reduzido de lixeiras, colaborando para que o lixo se espalhasse pelo chão. Alguns shows (minoria) também apresentaram problemas pontuais na equalização do som, sem comprometer seriamente as apresentações.

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