postado em 05/09/2013 08:33
Luiz Oliviéri aceitou trocar o piano da casa da mãe por um teclado eletrônico Yamaha. É prático e portátil, assim o músico pode carregar o próprio instrumento para cima e para baixo. Também é flexível. Graças às possibilidades do teclado digital ; e com uma ajudinha do computador ;, Luiz conseguiu fazer a trilha sonora do curta-metragem maranhense Acalanto, dirigido por Artúro Sabóia, parecer uma orquestra com violoncelo, violino, flauta e harpa.
O resultado ficou tão delicado e adaptado ao filme que o compositor ganhou o Kikito de melhor trilha sonora no 41; Festival de Cinema de Gramado, no dia 17 de agosto. O prêmio ativou a vontade de, no futuro, produzir uma trilha para um longa-metragem. Oliviéri quer mais tempo para pensar na música como um elemento que compõe a narrativa e dialoga com o personagem. Aos 33 anos, o compositor tem a certeza de que está com o pé em terreno fértil.
Oliviéri nasceu e estudou em Brasília. Aos seis anos, foi matriculado na Escola de Música de Brasília (EMB) e estudou piano, mas experimentou vários instrumentos, inclusive bateria. Um dia, um professor ventilou a ideia de que o rapaz prestasse concurso para integrar o corpo docente da escola. Foi aí que Oliviéri se deu conta: não encarava a música como uma sucessão de ritmos, melodias e harmonias, e sim como um conjunto de camadas sonoras. Não queria ser professor, mas criar camadas e sobrepô-las como narrativas. Também não queria ficar preso a um provável formalismo. Experimentar era muito mais instigante, e o jovem pianista, de repente, fez um desvio de rota e ingressou no curso de Artes Plásticas da Universidade de Brasília (UnB). Tudo para beber em novas fontes.
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