postado em 05/09/2013 08:42
Reza a lenda que desde 1992 o Cirque du Soleil não recebe donativos públicos. É bancado pela própria bilheteria, pela demanda da plateia. Aparentemente, não andam mal das pernas. A estrutura utilizada nos espetáculos é da mais alta qualidade e o circo se tornou uma das marcas mais valiosas do mundo.
Corteo, o espetáculo do Cirque que está de passagem por Brasília, deve receber mais de 1 milhão de pessoas durante a temporada brasileira. Salários garantidos para os 60 artistas da trupe canadense que vêm e encantam por aqui.
A realidade é bem diferente do cenário brasileiro. Por aqui, os artistas de circo (e em geral) correm atrás dos patrocínios públicos e privados para garantir a montagem do picadeiro. Não há para onde fugir. Existe um ponto em comum, porém: a qualidade do espetáculo.
Mesmo sem a modernidade do Cirque, os artistas brasileiros se desdobram para garantir o riso e o entretenimento da plateia. O Correio aproveitou a presença de Corteo na capital para levar integrantes de escolas circenses tradicionais para os bastidores do Cirque du Soleil. De quebra, ainda puderam assistir ao espetáculo.
Por trás do pano
Antes de a sessão começar, os seis artistas brasilienses tiveram a oportunidade de conversar com os brasileiros que integram Corteo. Tiraram dúvidas, trocaram experiências e bateram perna pelas coxias do Cirque.
Marcelo Perna, intérprete do palhaço branco e que substitui o protagonista Mauro uma vez por semana, relembrou os 30 anos de carreira que o carregaram até aquela oportunidade: "Não foi nada fácil chegar aqui. Ainda hoje, fico deslumbrado com as ferramentas que temos disponíveis. Mas há uma disciplina muito rígida também. Principalmente nos treinos;, revelou.
Corteo
Do Cirque du Soleil. Até domingo. De terça a sexta-feira, às 21h. Sábado, às 17h e às 21h. Domingo, às 16h e 20h. Na área externa do Ginásio Nilson Nelson. Ingressos entre R$95 e R$450, à venda no Park Shopping, na bilheteria do Cirque ou pelo site www.ticketsforfun.com.br.
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