postado em 07/09/2013 07:15
Quando Renato Russo escreveu, em 1979, que João do Santo Cristo, após enriquecer com a venda de maconha, ;fez amigos, frequentava a Asa Norte, ia pra festa de rock pra se libertar;, o bairro era bem diferente do que é atualmente. ;Durante uma década, o avião do Plano Piloto voou com uma asa só: a Sul;, comenta o arquiteto Frederico Flosculo, professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (UnB).
Morador da 406 Norte há 32 anos, o urbanista faz um balanço das transformações no local nas últimas décadas. ;Nos anos 1980, era perigoso, tinha tiroteiro, uma coisa meio faroeste mesmo;, lembra. Ele acredita que o perfil do bairro mudou muito deste então. ;Para melhor e para pior;, pondera. Como a oferta de imóveis comerciais na Asa Norte é o dobro em relação à Asa Sul, é uma área mais democratizada e propicia diferentes tipos de negócios, inclusive culturais. ;Hoje, temos várias iniciativas artísticas particulares, que não são objeto de programas públicos;, aponta.
;Os moradores precisam ter mais amor pela Asa Norte e por Brasília;, avalia Valéria Cabral, secretária executiva da Fundação Athos Bulcão, que funciona na 208 Norte. Ela conta que o artista que dá nome à instituição chegou a morar no bairro, na 202 Norte, e que era apaixonado pela cidade. ;O problema é que muitas iniciativas culturais, como a abertura de espaços e galerias, não têm manutenção;, diz.
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