postado em 09/09/2013 08:29
Em 17 anos, as produções cinematográficas do Distrito Federal captaram cerca de R$ 9,5 milhões via mecanismos de incentivo do Ministério da Cultura (MinC). O valor é irrisório quando comparado ao país inteiro ; não representa nem 1% do total, um retrato do baixíssimo número de filmes desenvolvidos na capital: 13 do total de 880 em todo o país. Os dados são da Agência Nacional do Cinema (Ancine), que, a pedido do Correio, liberou uma lista de todos os filmes, de 1995 até 2012, com os valores que as produtoras conseguiram nesse período, dentro do que foi aprovado pelo MinC no Brasil: 880 filmes captaram R$ 1,34 bilhão nestes 17 anos.
Os longas-metragens de Brasília renderam apenas R$ 1,8 milhão, dos R$ 9,5 milhões, ou seja, 19% do que captaram ; evidência de que a bilheteria foi pífia. Todos renderam menos do que gastaram. Mas esse quadro não corresponde mais à realidade brasileira, que se apresentou lucrativa. Nesses 17 anos, os 880 filmes que obtiveram recursos via Ancine renderam R$ 1,43 bilhão ; R$ 95,9 milhões a mais do que captaram.
A professora de cinema da UnB Tânia Montoro aponta como problema fundamental a falta de estratégias de marketing (incluem-se aí divulgação e espaço de exibição) do cinema local e o alto preço do ingresso. ;Os filmes que têm mais marketing são os mais vistos;, diz.
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