Diversão e Arte

Beyoncé conquista ao som de Lek Lek Lek e, sem querer, esbarra em polêmica

Música é disputada na justiça por grupos de funkeiros desde março deste ano

Estado de Minas
postado em 14/09/2013 18:19
Cantora abusou das poses sensuais durante o show no Rio de Janeiro

Foram necessários apenas dois ingredientes para que Mrs. Carter (a turnê e a senhora) conquistassem o Rock in Rio. A receita de sucesso começou no espetáculo em si, com coreografias complexas sempre bem executadas, um show de artes visuais durante as transições para trocas de roupa e, claro, muita música pop, impulsionada pelo vozeirão extremamente afinado de Beyoncé. Depois, para completar, foi só acrescentar a simpatia de Bee, com um sexy "I love you Rio" e muitas poses provocantes, quase sempre interrompidas pelo insistente sorriso tímido, de encantamento com a resposta do público. No entanto, ainda que não precisasse, a diva quis mais e adicionou um terceiro elemento para ganhar de vez o coração dos cariocas: o som do funk!


No final da apresentação, quando já tinha agradecido o público presente em meio aos fãs, a popstar subiu novamente ao palco e, acompanhada mais à frente pelos gêmeos Larry e Laurent Bourgeois, dançou o "Passinho do volante" ao som de Mc Federado e os Leleks. O reconhecimento do som das favelas pela cantora encantou os presentes, virou notícia pelo mundo e, principalmente, reacendeu a polêmica que existe em torno da música nascida em um clipe caseiro gravado por Paulo Victor (MC Federado), Alan, Alex e Renan.

Desde o estouro da faixa no último carnaval, uma briga acabou dividindo os meninos que gravaram a canção em dois grupos: "MC Federado e os Leleks" e "Os Lelekes". Isso porque três integrantes do grupo original (Paulo Victor, Allan e Alex), que era representado pela Lek Produções, do funkeiro MC Dieddy, decidiram sair e assinar contrato com a Furacão 2000, alegando problemas no repasse do dinheiro. Renan, porém, continuou associado à marca anterior e, com três novos parceiros, deu continuidade ao projeto.

A briga entre os dois grupos se arrasta na justiça e, atualmente, o trio que conta com a presença do cantor que deu voz ao sucesso, o MC Federado, não pode tocar o "Passinho do volante" nem se apresentar em casas de show e emissoras de rádio e televisão.

Em entrevista ao jornal Extra, o jovem de 18 anos desabafou após ver a apresentação de Beyoncé: "Se eu parar para pensar no que eu quero dizer a ela [Bee], tudo o que eu queria agradecer, teria que ser uma faixa enorme. A gente quer dar um abraço nela, abraçar ela. Se eu tiver a oportunidade de conversar, eu ia falar tudo o que está acontecendo com a gente, das pessoas que estão querendo tirar nosso brilho", disse Paulo Victor. "Fomos privados de cantar, essa música era nosso ganha-pão", completou. A reportagem tentou entrar em contato com os advogados que representam as partes no processo, mas as ligações não foram atendidas.

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