Ricardo Daehn
postado em 29/09/2013 07:08
Em meio à divulgação da megaprodução O tempo e o vento, o diretor Jayme Monjardim não faz mistérios quanto ao tipo de cinema que sempre gostou. "Me inspirei, a vida inteira, no Roberto Rossellini. No jeito mais simples, sem grandes malabarismos; num plano mais realista, com os cortes bastante padrões. Agora o tipo de filme mais puxadinho, tipo do Woody Allen, não é minha praia, realmente, não saberia fazer", comenta.
Puxando das origens, o diretor lembra da época em que se hospedava na produtora de Francisco Ramalho Júnior (produtor de fitas como O casamento de Romeu e Julieta e diretor de O cortiço). "Eu morava cheirando negativo de filmes 24 horas por dia. Na juventude, tinha uma fazenda que meu pai (o empresário André Matarazzo) tinha deixado. Vendi tudo e fui fazer cinema. Com patrocínio, fiz 16 curta-metragens, todos em Pernambuco. Aliás, o escultor Francisco Brennand deixou nossa equipe ser a primeira a filmá-lo, pelas lentes do Zetas Malzoni, diretor de fotografia do curta Francisco Brennand (1980)", relembra.
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