Agência France-Presse
postado em 02/10/2013 17:15
Londres - Uma pintura de Mandela realizada pelo retratista britânico Richard Stone, uma caricatura do Prêmio Nobel em uma carruagem, uma representação da Última Ceia com Mandela em vez de Jesus: "We love Mandela" homenageia o herói dos direitos humanos em Londres.
Vinte artistas, todos sul-africanos, à exceção do britânico Richard Stone, exibem cinquenta obras que refletem "a experiência vivida com Mandela ou a ideia que fazem" do primeiro presidente negro da África do Sul, explicou à AFP Natalie Knight, curadora da exposição.
Entre eles, muitos foram forçados a trabalhar na clandestinidade durante o apartheid. Nelson Mandela aparece no topo da lista de personalidades que Richard Stone, retratista da rainha Elizabeth II e da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, queria pintar.
"Foi minha experiência mais intimidante" e "o maior privilégio", disse à AFP. "Eu tinha diante de mim, provavelmente, o homem mais famoso do planeta", lembra.
"Meu objetivo era capturar um pouco da alma desse grande homem. Mandela abriu uma pequena janela de sua alma" em seis sessões realizadas em seu escritório em 2008, em Joanesburgo, explicou em frente a uma cópia do retrato que representa Mandela em uma camisa colorida, cabelos brancos, olhos cheios de inteligência, sabedoria e benevolência.
O retrato, pintado de graça, foi vendido em um leilão em 2008 por cerca de 480.000 euros, durante um concerto celebrando o 90; aniversário de Mandela em Londres.
A exposição também inclui muitas caricaturas do talentoso cartunista sul-africano Zapiro, incluindo um representando Mandela sentado em uma carruagem ao lado da rainha Elizabeth II nas ruas de Londres.
Uma obra representa o punho fechado de Mandela, símbolo da luta contra o apartheid; outra é uma adaptação da Última Ceia, onde Mandela substitui Jesus cercado por Gandhi, Martin Luther King, Rosa Parks...
A exposição foi adiada diversas vezes por causa do estado de saúde de Nelson Mandela, hospitalizado em maio e agora em casa, mas ainda em estado crítico.
Ela ficará aberta gratuitamente ao público a partir de quinta-feira e até 16 de outubro na embaixada sul-africana em Londres. Depois viajará para Paris.