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Christiane F. desabafa: 'para o mundo, sempre terei 18, 16 anos'

Christiane Felscherinow publica sua segunda autobiografia, revelando os anos que se seguiram à vida errante na Berlim dos anos 1970



Christiane, hoje com 51, apresentou "Eu, Christiane F., a vida apesar de tudo" (em tradução livre), sua nova autobiografia escrita em colaboração com a jornalista alemã Sonia Vukovic, em que conta sua vida adulta, entre drogas, tentativas de desintoxicação, aventuras com estrelas e até uma passagem pela prisão.

Essa segunda obra aparece 35 anos depois do depoimento da adolescente alemã que se prostituía para garantir sua dose de heroína. Virou livro, vendeu milhões de exemplares, chegou às telas do cinema, ganhou o mundo. E chocou a Alemanha, ao mostrar o retrato de uma juventude à deriva no submundo da então Berlim Ocidental. "Nós não douramos a pílula em nada", garantiu Sonia Vukovic, nesta sexta-feira, sobre o novo livro. "Afirmamos de maneira bem clara que Christiane não se sente bem fisicamente", completou.

No livro, ela também fala do nascimento de seu filho, Philipp, em 1996, e de seus esforços para ser uma boa mãe. Em 2008, porém, ela decide partir para Amsterdã, e as autoridades retiram-lhe a guarda do filho, que é entregue a uma família de acolhimento. "A família é muito gentil. (...) Meu filho vai entrar no colégio, e eu me pergunto se é razoável, hoje, dizer de maneira egoísta: ;agora, eu posso tê-lo novamente, quero que ele volte imediatamente para casa. Nós nos vemos nos finais de semana e durante as férias. Sempre foi assim. (...) É melhor que ele termine o colégio. A evolução atual me agrada, e eu estou orgulhosa", afirmou.