postado em 20/10/2013 17:32
A 33; edição do Panorama da Arte Brasileira, em exibição no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo até o dia 15 de dezembro, propõe este ano um processo de reflexão sobre o próprio museu. O foco de discussão é a sede do museu, instalada desde 1969 no Parque Ibirapuera, na capital paulista.
A sede do MAM não foi construída com a finalidade de abrigar um museu. Ela foi instalada sob a marquise do Ibirapuera, construída pelo arquiteto Oscar Niemeyer, em caráter precário e provisório, mas acabou permanecendo no local até hoje, embora seja pequena para abrigar todas as atividades a que se propõe o museu, tais como o acervo, a área educativa e o setor de pesquisas.
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Sete escritórios e grupos de arquitetos foram convidados para desenvolver ideias para uma nova sede da instituição. Não que o MAM esteja procurando uma nova sede ou cogitando reformá-la. O objetivo da curadora Lisette Lagnado e da adjunta Ana Maria Maia é lançar um olhar para o próprio museu, sua missão e sua história.
;Grande parte das ideias apresentadas poderiam sim, ser postas em prática se houvesse orçamento e vontade política. No entanto, vale lembrar que essa chamada por projetos de arquitetura é uma espécie de ficção plantada pelo P33. O MAM não quer sair da sede em que está hoje. E essa sede, ao contrário do que muitos esperam, não pode ser demolida, já que foi tombada em 1992, junto com outros edifícios do Parque Ibirapuera;, explicou a curadora adjunta.
Batizada de P33: Formas Únicas da Continuidade no Espaço, em referência à escultura futurista de Umberto Boccioni, esta é a primeira vez em que arquitetos participam de uma edição do Panorama da Arte Brasileira. Para a exposição, 32 artistas e arquitetos foram convidados para apresentar suas obras, novas ou antigas, sempre correlacionadas ao tema proposto.
;Os projetos para a sede do MAM são representados por maquetes, desenhos, projeções 3D, vídeos e memoriais. São suportes comuns no universo das exposições de arquitetura, mas, como o Panorama não é uma exposição apenas para especialistas no assunto, foram pensados de modo a permitir a compreensão da ideia por um público mais amplo. Além dos projetos, existem obras de artistas nos mais variados suportes: fotografias, esculturas e pinturas;, disse Ana Maria.
O Panorama é feito no MAM desde 1969. No início, ocorria anualmente, mas hoje é feito a cada dois anos, intercalado com a Bienal de Arte de São Paulo. "A mostra foi criada quando o museu estava sem acervo, que tinha sido doado para a USP [Universidade de São Paulo]. Por meio do Panorama, o MAM recomeçou um acervo e conquistou um DNA contemporâneo, visto que passou a lidar com a produção corrente e não mais com exemplares das vanguardas modernas, apenas;, explicou Ana Maria.
Para abrigar essas obras, todas as divisórias do local foram removidas, criando um espaço amplo, seguindo o projeto de Lina Bo Bardi para o local. A porta de entrada do museu também foi alterada durante o Panorama, com acesso feito pela frente do pavilhão da Bienal, seguindo modelo que também foi implantado por Lina. No lugar das divisórias foram instaladas cortinas de correntes coloridas, feitas em alumínio e com passagens recortadas, do artista Daniel Steegmann Mangrané.
Entre os projetos de nova concepção para o museu está um em que o prédio do MAM deixa a marquise do Parque Ibirapuera e é transportado para um corredor suspenso sobre o parque. Há também um que propõe a volta da sede para o centro da cidade, seu endereço entre os anos 1949 e 1958.
;As perguntas que lançávamos aos artistas e arquitetos que visitávamos em nosso período de pesquisa eram: O que falta ao MAM? Onde e como deveria ser seu edifício? A escuta estava aberta e, por meio dela, chegamos à lista de participantes da mostra. Queríamos de fato deflagrar um processo coletivo de investigação e proposição a partir do estudo de caso do museu;, disse Ana Maria.
A exposição começou no dia 5 de outubro, no MAM. Mas, desde ontem (19), foi ampliada para outros pontos do centro da cidade, tais como o Edifício Esther, na Praça da República; a Galeria Nova Barão, na Rua 7 de Abril; e a Livraria Calil, na Rua Barão de Itapetininga.
Já nos dias 26 e 30 de outubro e 13 de novembro, no auditório do MAM, haverá encontros gratuitos e abertos ao público. No dia 26 de outubro, a partir das 11h, o tema do debate será Formas Utópicas para o MAM. No dia 30 de outubro, às 19h, o tema é Estudo de Caso: Inhotim e Serpentine. Já no dia 13 de novembro, às 19h, o assunto do debate é Arquitetura Meteorológica. A exposição também é gratuita. Mais informações podem ser obtidas por meio do site www.mam.org.br.
A sede do MAM não foi construída com a finalidade de abrigar um museu. Ela foi instalada sob a marquise do Ibirapuera, construída pelo arquiteto Oscar Niemeyer, em caráter precário e provisório, mas acabou permanecendo no local até hoje, embora seja pequena para abrigar todas as atividades a que se propõe o museu, tais como o acervo, a área educativa e o setor de pesquisas.
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Sete escritórios e grupos de arquitetos foram convidados para desenvolver ideias para uma nova sede da instituição. Não que o MAM esteja procurando uma nova sede ou cogitando reformá-la. O objetivo da curadora Lisette Lagnado e da adjunta Ana Maria Maia é lançar um olhar para o próprio museu, sua missão e sua história.
;Grande parte das ideias apresentadas poderiam sim, ser postas em prática se houvesse orçamento e vontade política. No entanto, vale lembrar que essa chamada por projetos de arquitetura é uma espécie de ficção plantada pelo P33. O MAM não quer sair da sede em que está hoje. E essa sede, ao contrário do que muitos esperam, não pode ser demolida, já que foi tombada em 1992, junto com outros edifícios do Parque Ibirapuera;, explicou a curadora adjunta.
Batizada de P33: Formas Únicas da Continuidade no Espaço, em referência à escultura futurista de Umberto Boccioni, esta é a primeira vez em que arquitetos participam de uma edição do Panorama da Arte Brasileira. Para a exposição, 32 artistas e arquitetos foram convidados para apresentar suas obras, novas ou antigas, sempre correlacionadas ao tema proposto.
;Os projetos para a sede do MAM são representados por maquetes, desenhos, projeções 3D, vídeos e memoriais. São suportes comuns no universo das exposições de arquitetura, mas, como o Panorama não é uma exposição apenas para especialistas no assunto, foram pensados de modo a permitir a compreensão da ideia por um público mais amplo. Além dos projetos, existem obras de artistas nos mais variados suportes: fotografias, esculturas e pinturas;, disse Ana Maria.
O Panorama é feito no MAM desde 1969. No início, ocorria anualmente, mas hoje é feito a cada dois anos, intercalado com a Bienal de Arte de São Paulo. "A mostra foi criada quando o museu estava sem acervo, que tinha sido doado para a USP [Universidade de São Paulo]. Por meio do Panorama, o MAM recomeçou um acervo e conquistou um DNA contemporâneo, visto que passou a lidar com a produção corrente e não mais com exemplares das vanguardas modernas, apenas;, explicou Ana Maria.
Para abrigar essas obras, todas as divisórias do local foram removidas, criando um espaço amplo, seguindo o projeto de Lina Bo Bardi para o local. A porta de entrada do museu também foi alterada durante o Panorama, com acesso feito pela frente do pavilhão da Bienal, seguindo modelo que também foi implantado por Lina. No lugar das divisórias foram instaladas cortinas de correntes coloridas, feitas em alumínio e com passagens recortadas, do artista Daniel Steegmann Mangrané.
Entre os projetos de nova concepção para o museu está um em que o prédio do MAM deixa a marquise do Parque Ibirapuera e é transportado para um corredor suspenso sobre o parque. Há também um que propõe a volta da sede para o centro da cidade, seu endereço entre os anos 1949 e 1958.
;As perguntas que lançávamos aos artistas e arquitetos que visitávamos em nosso período de pesquisa eram: O que falta ao MAM? Onde e como deveria ser seu edifício? A escuta estava aberta e, por meio dela, chegamos à lista de participantes da mostra. Queríamos de fato deflagrar um processo coletivo de investigação e proposição a partir do estudo de caso do museu;, disse Ana Maria.
A exposição começou no dia 5 de outubro, no MAM. Mas, desde ontem (19), foi ampliada para outros pontos do centro da cidade, tais como o Edifício Esther, na Praça da República; a Galeria Nova Barão, na Rua 7 de Abril; e a Livraria Calil, na Rua Barão de Itapetininga.
Já nos dias 26 e 30 de outubro e 13 de novembro, no auditório do MAM, haverá encontros gratuitos e abertos ao público. No dia 26 de outubro, a partir das 11h, o tema do debate será Formas Utópicas para o MAM. No dia 30 de outubro, às 19h, o tema é Estudo de Caso: Inhotim e Serpentine. Já no dia 13 de novembro, às 19h, o assunto do debate é Arquitetura Meteorológica. A exposição também é gratuita. Mais informações podem ser obtidas por meio do site www.mam.org.br.