Frida Kahlo (1907-1954) não cabe na própria vida; a obra da pintora ultrapassa os limites de sua biografia. ;O que nos chega é uma autobiografia do sofrimento. Mas todo artista não fala sobre isso? É só um ponto de partida;, acredita Begoña Sáez Martínez, estudiosa da cultura latina e representante do Conselho de Educação da Espanha no Brasil. Para divulgar a cultura dos países de língua espanhola, Begoña realiza seminários sobre diversas personalidades. ;A Frida, com certeza, é uma das que mais atrai interesse;, conta.
Ela atribui essa curiosidade toda pela pintora à mercantilização da imagem de Frida. ;Hoje, o rosto dela estampa até tênis;, brinca. Apesar disso, lembra que a obra deve permanecer em evidência, por ser ;vanguardista, subversiva e intensa;.
No mês passado, o Museu Casa Azul, dedicado à obra de Frida Kahlo, anunciou que um total de 369 das 6,5 mil fotografias que compõem o acervo da pintora, na Cidade do México, foram localizadas e estão em fase de restauração. Além de momentos íntimos da artista com o marido, Diego Rivera, as imagens mostram figuras ilustres que conheceram ou conviveram com Frida, como Man Ray, Edward Weston, Tina Modotti, Martin Munkácsi, Manuel Alvarez Bravo e Nickolas Muray.
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