Mesmo se cunhassem em moedas todo o ouro da Rússia em homenagem ao escritor Liev Tolstói, ainda assim não seria suficiente. Aliás, o homem que teve como admiradores Gandhi e Martin Luther King, por direito, nunca poderia estar representado em moedas: Tolstói liderou um desapego por incontáveis valores, em especial, o econômico. Desempregado, momentaneamente, na juventude, ele até assumiu uma fase ;hedonista;, contaminado pelo ;mundo social;, mas, até hoje, é pela escassez monetária (de quem renunciou a direitos autorais) e pelas ricas fortunas espirituais e críticas, que frequentemente é saudado, como destaca Rosamund Bartlett, em Tolstói ; A biografia.
[SAIBAMAIS];Ele queria ser Deus (;). Ele queria corrigir os erros de Deus por ter permitido que o mundo se tornasse imperfeito e pecaminoso;, registrou o polemista Alexander Boot, acerca do homem especial nascido em 1828. ;Ele possui a face do povo russo, porque nele a Rússia toda vive e respira;, descreveu certa vez o escritor Stefan Zweig.
Na monumental tarefa de desvendar o autor de Guerra e paz, morto em 1910, Rosamund Bartlett sedimentou a pesquisa do ;líder moral; da Rússia, em mais de 100 biografias e estudos anteriores. No rastro, formatou a vida do homem avesso à conformidade e que pagou, em vida, pelas ousadias: em 1901, com a excomunhão; ao longo da vida, com a relação conflituosa junto à mulher Sônia (sujeita à uma dúzia de gravidezes e três abortos) e, a partir de 1881, com o nome monitorado (diante das ;atividades perniciosas;) pelo Ministério de Assuntos Internos russo.
A matéria completa está disponível para assinantes. Para assinar, clique .