Ricardo Daehn
postado em 26/10/2013 08:00
;Foi um romance a três: um romance de trabalho;, brinca a atriz Julieta Diaz, em referência aos bastidores de Juan e Evita, longa-metragem que acaba de entrar em cartaz em Brasília. O nível de ;profundidade; no registro do amor entre a atriz Eva Duarte e o 50; presidente argentino seguiu o autoproclamado ;método intimista de se contar uma grande história;, sublinhado pela cineasta Paula de Luque.;O maior medo estava na Argentina: foi uma ousadia, sob os olhares dos mais fanáticos, a composição do homem que é quase o pai da pátria. Foi um trabalho minucioso, sensível e intenso. Estávamos perto de contar a maior história de amor de um país. O coração se empenhou na busca, mas também recorremos à inteligência e à mesura;, comenta o protagonista Osmar Núñez, que, nas telas, dá vida ao general que, em três governos, esteve por mais de uma década à frente da nação argentina.
;Juan Domingo Perón e Eva, no período representado no filme, ainda não têm conhecimento de que serão os personagens mais importantes da política do país. Trabalhei com essa intenção de mostrar a antessala da criação dos mitos. No filme, há, em construção, a prévia de quem seriam. Apresento personagens de carne e osso, com contradições, com nobrezas e misérias, com amores e ódios. Nisso reside a riqueza do filme;, explica a diretora Paula de Luque.
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Da interpretação do estadista com visão ampliada em tópicos ligados ao bem-estar do operariado, Osmar Núñez conta que logrou, em pesquisas, o ;respeito por sua intimidade, a transparência de seu pensamento e seu caráter afável;. A essas conquistas, dia a dia ; não intensas a ponto de que se mareasse ;, o ator somou ;imaginação, observação e intuição;, patentes num ator de envergadura.
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