;Sempre tive uma semente de ingenuidade, de querer ser feliz mesmo nas piores fases da minha vida. Esse trabalho de agora eterniza um momento de felicidade. A arte é uma coisa fantástica, perene, imortal. A música fez milagres em mim.; A afirmação de Ângela Ro Ro, ao lançar o CD e o DVD Feliz da vida soa como uma reflexão dessa talentosa e carismática cantora e compositora carioca, que se tornou conhecida também pelo comportamento errático com o qual conviveu durante parte de sua trajetória artística.
Quando surgiu na cena musical brasileira, no fim da década de 1970, Ângela Maria Diniz Gonçalves foi saudada como a grande revelação do período que antecedeu o boom do pop-rock brasileiro. Compositora inspirada e intérprete original, com um timbre grave e sensual, conquistou o público e a crítica, após lançar o primeiro disco, que se tornou um clássico da MPB. Canções como Amor meu grande amor, Gota de sangue e Tola foi você permanecem no imaginário dos fãs.
Logo em seguida, nem mesmo a boa avaliação dos novos trabalhos, entre os quais Só nos resta viver (1980), Simples carinho (1982), A vida é mesmo assim (1984), conseguiu se sobrepor ao temperamento forte e as confusões em que Ângela se viu envolvida ; refletido nos títulos autorreeferenciais dos LPs Escândalo e Eu desatino ; que a fez viver em constante turbulência. Mas, com inteligência e tenacidade, ela se permitiu dar a volta por cima, depois de abandonar as drogas e a bebida e passar a cuidar do corpo.
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