postado em 30/10/2013 08:50
Quando precisou permanecer dois meses de cama por recomendações médicas, o chargista, artista plástico e jornalista Henrique Gougon aproveitou para ler e destacar as notícias de jornal que pudessem ser transformadas em charges. Multimídia e dono de uma mente inquieta, o artista produziu um extenso material e resolveu transformá-lo no livro A Dosimetria das Penas, que será lançando nesta quarta-feira (30/10). ;Eu faço charges há muito tempo. Comecei no Correio, mas fiz charges para muitos jornais;, diz Gougon ao lembrar que foi o jornalista Ari Cunha quem percebeu nele o talento para o traço dentro do jornal. ;Ele descobriu que eu desenhava e começou a me pedir desenhos. Se você pegar os primeiros desenhos quando o jornal passou para off set, você vai encontrar desenhos meus. Tinha uma música na época chamada Winchester Cathedral, daí eu fiz uma catedral com o cara cantando e o Ari Cunha passava por mim e começava a cantar a música;, relata.O livro independente é composto por 120 charges políticas, todas feitas à mão, com o humor ácido que permeia o trabalho de Gougon. Alguns trabalhos são inéditos e outros foram publicados em redes sociais. ;Eu colocava as charges no Facebook para ver a reação das pessoas. Sobre o nome escolhido para o livro, o chargista olha para a capa da publicação, com o sorriso de quem reconhece a própria piada, e explica: ;Ouvimos a todo momento: será feita a dosimetria das penas; Então, eu dei uma versão minha para isso. Para mim, dosimetria das penas é isso: uma mulher cheia de penas no carnaval.;
A matéria completa está disponível para assinantes. Para assinar, clique .