Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Simone conquista público em apresentação em que interagiu com a plateia

A cantora mostrou que voltou a viver um grande momento em sua trajetória de 40 anos



A interação entre ela e os admiradores foi total. Ao fim do blues Mulher é suficiente (Alzira Espíndola) ouviu-se uma manifestação que beirou o histerismo. Dali em diante, cada música cantada era recebida com gritos. Em algumas como Descaminhos (Joanna e Sarah Benchimol), Só nos resta viver (Angêla Ro Ro), Haicai (Fátima Guedes) e Acreditar (Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho) essa reação foi ainda mais acentuada.

Passeando por cenário e Hélio Eichbauer, sob o foco de bela iluminação, Simone deu mostras que voltou a viver um grande momento em sua trajetória de 40 anos. Até houve mudança nos cabelos, mas a voz continua a mesma, assim como o timbre grave e o acentuado sotaque baiano. Ao roteiro, ela incorporou canções que não foram registradas no disco.

Acompanhada por uma banda precisa, sob o comando do pianista e maestro Leandro Braga - responsável, também, pelos arranjos - ela deixou marcada sua digital na recriação de Canteiros (Fagner e Cecília Meirelles), Outra vez (Izolda), e A noite do meu bem (Dolores Duran).

O delírio se instaurou no Unip quando a estrela juntou num medley Vida de artista e Jura secreta (o primeiro grande sucesso de sua careira), ambas com as assinaturas de Sueli Costa e Abel Silva. E de lambuja ainda cantou Alma dessa dupla infalível. Depois do show, feliz e simpaticíssima, Simone se deteve por algum tempo no launge do teatro, autografou o CD e posou para fotos com os fãs.