Ribeirão Preto (SP) ; Da coxia do belo, porém malcuidado, Teatro Municipal de Ribeirão Preto, Icão, o roadie contratado para aquela noite no fim de outubro, exclama com em um típico sotaque paulista: ;Meu, que menina é essa?;. A menina em questão é Verônica Ferriani, e a surpresa é com a explosão da voz dela no refrão de Estampa e só, música que abre o segundo disco da cantora, Porque a boca fala aquilo do que o coração tá cheio. Os comentários elogiosos de Icão continuam ao passo em que ele ouve o álbum na íntegra ali, ao vivo, na pré-estreia do novo show da artista.
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Verônica Ferriani larga na frente de grande parte das cantoras da nova geração por dois motivos frequentemente negligenciados: além de ter uma voz poderosa, ela tem o dom da composição. Escreveu cada uma das letras que estão nesse CD. Em 2011, voltou a flertar com o violão, instrumento que tocava na infância, e decidiu sair da zona de conforto em que estava como intérprete.
;Eu estava tentando me encontrar de outra forma. Escrever veio, primeiro, de uma necessidade interna, e não com a intenção de fazer um disco;, conta Verônica. No mesmo ano, foi para a paradisíaca Caraíva, no sul da Bahia. Lá, todos os dias, enquanto caminhava na areia, fragmentos de melodias e letras iam aparecendo. Quando voltou para São Paulo, onde vive há mais de uma década, concluiu o material para um novo trabalho.
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