Diversão e Arte

Georg Maas fala sobre espionagem global à provável indicação para o Oscar

O diretor estará na cidade para participar da mostra de cinema Panorama Alemão nesta sexta-feira (7/11)

Ricardo Daehn
postado em 07/11/2013 07:29

Georg: denúncia da espionagem

;Não sou eu sendo pré-selecionado para o Oscar, é um filme que está ganhando projeção;, desconversa o diretor alemão Georg Maas, que surfa na crista da onda, com os resultados alcançados pelo longa Duas vidas. Com ótimas credenciais, o integrante da mostra de (a partir dessa sexta-feira (8/11), no Espaço Itaú do CasaPark) tem chances na corrida pela cobiçada estatueta, diante da combinação ;entre raízes históricas, thriller e drama;. Depois de percorrer com o filme o circuito Nova York, Palms Springs e Seattle, Maas ouviu dos americanos, antes mesmo da escolha oficial por parte dos alemães, o potencial de comunicação com o Oscar.

[SAIBAMAIS]O possível passaporte para o pódio norte-americano tem como antecedente a coroação de A vida dos outros, outro título encalacrado em espionagem, tema caro numa conjuntura de excessiva ;big brodagem; entre o denunciado Barack Obama e Angela Merkel. ;Devemos sempre desguarnecer ditaduras. E nada impede que pessoas votem em partidos estúpidos;, observa o cineasta. Prenunciando o veredicto pessoal, vem o exame do contexto: ;Muito antes da ação da Agência de Segurança Nacional (NSA) e das publicações de Edward Snowden, eu ansiava por escritores e diretores que se debruçassem sobre o tema. Passamos pelo cenário na Alemanha, com os mesmos riscos: muita espionagem por parte do governo, e as pessoas muito expostas à coleta de dados. Os políticos sempre rebatiam: não há problemas, uma vez que o cidadão tenha a consciência de não praticar nada de errado. Mas, uma ditadura pode ser estruturada com muita velocidade, e não deveríamos fornecer ferramentas;.



Formado pela famosa Academia Alemã de Tevê e Cinema de Berlim, aos 53 anos, Maas ; criado na Alemanha Ocidental ; remexe, na trama de Duas vidas, em feridas abertas no pós-guerra. ;Passada a queda do muro, em 1990, me reuni com compatriotas orientais. Percebi neles, curiosamente, uma maior liberdade. A versão oficial pregava uma perfeição para um dos lados (da República Federal) e sobrepunha aspectos muito negativos para o outro ; e isso não correspondia à verdade;, diz o diretor, ao lembrar da falta de compromisso dos socialistas com o imediatismo atrelado aos capitalistas.

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