Nahima Maciel
postado em 09/11/2013 08:00
O improviso e a transformação são as únicas maneiras de tornar mais humanas situações de extrema pobreza e abandono quando se trata de moradia no Brasil. Na arquitetura irregular das favelas e da periferia ou na reinvenção de objetos utilizados no cotidiano e produzidos sem preocupação estética por uma indústria lucrativa, o fotógrafo e artista Evandro Salles encontrou um universo criativo e comovente. Em Moradia popular no Brasil, projeto contemplado com R$ 50 mil do XII Prêmio Marc Ferrez de 2012, Salles percorreu periferias e favelas do Rio de Janeiro para registrar a arquitetura popular e as soluções encontradas pela população para driblar o precário e a ausência do Estado.
Das milhares de imagens captadas, o fotógrafo escolheu 600 para integrar o site , no ar desde quarta-feira com 11 conjuntos de fotografias divididas em temas. Os registros são o primeiro passo de um extenso projeto e vão desde paisagens e fachadas de casas até interiores, objetos e soluções de decoração e organização espacial.
;Há um construtivismo popular na periferia das cidades, uma outra arquitetura, que tem traços que incorporam desde princípios modernistas até uma coisa meio moura;, constata Salles. ;Uma coisa que me impressiona é que, quanto mais pobre a região, maior o consumo do pior da produção industrial capitalista, que é também o mais barato. Apesar disso, há um processo antropofágico de transformação desses objetos, que não têm uma identidade, mas que, no contexto daquele espaço, ganham identidade. Isso é muito bonito, forte e impressionante;, completa.
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Das milhares de imagens captadas, o fotógrafo escolheu 600 para integrar o site , no ar desde quarta-feira com 11 conjuntos de fotografias divididas em temas. Os registros são o primeiro passo de um extenso projeto e vão desde paisagens e fachadas de casas até interiores, objetos e soluções de decoração e organização espacial.
;Há um construtivismo popular na periferia das cidades, uma outra arquitetura, que tem traços que incorporam desde princípios modernistas até uma coisa meio moura;, constata Salles. ;Uma coisa que me impressiona é que, quanto mais pobre a região, maior o consumo do pior da produção industrial capitalista, que é também o mais barato. Apesar disso, há um processo antropofágico de transformação desses objetos, que não têm uma identidade, mas que, no contexto daquele espaço, ganham identidade. Isso é muito bonito, forte e impressionante;, completa.
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