A imagem dos moços bem-comportados impressa pelo Jota Quest ; que, quando muito, arriscam uma menção ao ;patrimônio nacional; (na recente faixa Ela é do Rio) ; levou um breve baque, na pré-divulgação do mais recente CD Funky Funky Boom Boom. Mineiro de Alfenas, o vocalista Rogério Flausino, passados alguns dias, até ri do episódio: o grupo enfrentou um veto da Empresa Pública de Transporte e Circulação, com o material promocional retirado das ruas em Porto Alegre. ;Na hora, achei que era por causa da mulher pelada, mas foi pela tacinha de Martini. Fizemos outra arte para o show, mas achei engraçado;, confessa o cantor do grupo, que está completando 20 anos de trajetória.
A proibição (na verdade vinculada à propaganda indireta de bebida), porém, foi revogada, mas era tarde: a Martini Miss, uma pin-up do representante da pop art Mel Ramos, ficou restrita à capa do CD que coroa duas décadas de atividade de Flausino e companhia. Ele lembra da peneira, na seleção que o levou ao primeiro ensaio, em outubro de 1993. ;Não foi tipo The Commitments: procuramos vocalista! Foi um teste natural. Eu não era nada do que eles imaginavam: queriam uma negra linda, cantando muito. Acabou aparecendo um branquelo e do sul de Minas; Eu tinha tanta vontade que os caras acabaram me deixando ficar;, diverte-se. Menor graça, só quando ressalta encargo do posto de assistente do The voice Brasil: ;É muito dolorido para a gente isso de escolher entre profissionais;.
Nos bastidores do programa, o vigoroso Lulu Santos, ;mandando brasa;, corrobora sentimentos do vocalista da banda que acumula prole de nove filhos. ;Ficamos mais maduros e ainda temos tempo para fazer um monte de coisas. O Lulu é um grande ídolo da minha geração que é filha da revolução do rock Brasil dos anos 80. Eu comecei por causa desses caras, da Legião Urbana, depois é que fui ouvir Beatles e Rolling Stones;, sublinha. O momento ;muito legítimo; de lançar um disco define o que seja um álbum: ;é um astral, um jeito, uma sonoridade e um conceito, para um novo tempo;.
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