Julio Cavani, do Diário de Pernambuco, Isabelle Barros
postado em 26/11/2013 08:29
Recife ; Todo o universo onírico e imaginativo da cultura do romanceiro popular nordestino estão presentes nas obras que Gilvan Samico levava um ano para concluir, uma a uma, cada uma a seu tempo. Samico, 85 anos, um dos gravadores mais importantes do Brasil, perdeu a luta de cinco anos contra o câncer e morreu nesta segunda-feira (25/11), no Recife, mas seu trabalho continuará a influenciar novas gerações de artistas, pela força expressiva e precisão técnica.
A fragilidade provocada pela doença e as viagens a São Paulo, por causa do tratamento, diminuíram ainda mais seu ritmo de produção, que, antes disso, já se restringia a uma gravura por ano. Depois da última internação, passou 10 dias de cama em casa e morreu na manhã desta segunda-feira no Hospital Português.
A obra de Samico, em constante evolução, ganhou destaque em mostras nos principais museus do Brasil, principalmente por conseguir mesclar literatura e arte erudita à cultura popular. Testemunha do universo fantástico do artista pernambucano, o escritor e dramaturgo Ariano Suassuna escreveu no prefácio do livro Samico ( 2012), de Weydson Barros: ;Aqueles que acompanham mais de perto o meu trabalho de ensaísta, sabem o quanto a obra de Samico me fascina (desde 1960), e como ela foi decisiva para o estabelecimento da poética do Movimento Armorial, do qual Samico tem sido, desde o início, uma estrela de primeira grandeza.;
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