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Viola, violinos e alaúde fabricados com cordas de tripas de ovelha dão o tom e o espírito do século 16 e 17 à música clássica executada pela Orquestra Barroca de Brasília La Follia. O grupo ; formado por seis violinistas, um violista, dois violoncelistas, um baixista e um alaudista ; busca a preservação interpretativa da música renascentista e barroca, em especial a obra do italiano Arcangelo Corelli (1653 ; 1713), considerado um modelo para a Europa pela coerência estilística e formal. Em 2013, comemoram-se 360 anos de nascimento e 300 de morte do compositor e a Orquestra resolveu homenageá-lo com apresentações, incluindo um concerto beneficente em prol dos animais.
Segundo o violista Rochael Ancâtara, a ideia de executar música barroca com instrumentos antigos surgiu há cerca de 65 anos, durante as comemorações, na Alemanha, dos 250 anos de Sebastian Bach. Na ocasião, o músico Paul Hindemith questionou o porquê de a música antiga ser tocada com instrumentos modernos. ;Houve uma grande desestabilização no mundo erudito porque todos tocavam com instrumentos modernos e Nikolaus Harnoncourt começou a estudar e resgatar a construção de peças antigas, com base em tratados e pinturas. Hoje, há muitos movimentos barrocos funcionando, mas não uma orquestra;, destaca.
O grupo tem apenas cinco instrumentos feitos nos moldes barrocos (três violinos, a viola e o alaúde), pelo custo e pela adaptação, sobretudo. O material é importado, todo comprado na Itália, e o manuseio das peças são diversos. ;A curvatura dos arcos dos violinos, por exemplo, é diferente e não há microafinadores, como nos instrumentos modernos.; Mas, de acordo com Rochael Alcântara, os outros músicos pretendem providenciar peças para completar a orquestra. ;A necessidade de reconstruir os instrumentos partiu do alaudista Fernando Dell Isola. Ele conversou comigo e conseguimos montar a orquestra, que agora está com 10 músicos. Estamos ampliando em construção.;
Concerto beneficente
Animais Felizes: Orquestra Barroca de Brasília La Follia. Em 29 de novembro, de 19h às 22h. Teatro de Câmara da Escola de Música de Brasília. Entrada Franca.
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