Os efeitos dos conflitos pela libertação e pela paz em Angola estão presentes no dia a dia da população, em especial, no modo de pensar e agir da mulher angolana. Um exemplo que tem se tornado marcante é o da escritora Isabel Ferreira. Com trajes típicos do país onde nasceu e se firmou como artista, ela demonstra orgulho ao falar da participação intensa nas questões políticas e sociais da nação, que seguiu em domínio Português até 1974. Isabel entrou para as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola aos 15 anos e conseguiu ganhar respeito no meio literário pelo ineditismo do estilo, além de ser autora de letras de músicas que ficaram conhecidas pela interpretação de outras compatriotas.
De acordo com a escritora, Angola está em plena efervescência literária, com escritores sendo reconhecidos internacionalmente. Ela constata, ainda, que outros setores de desenvolvimento do país estão atrelados à cultura. “Eu penso que economia tem que crescer ao lado da cultura e da literatura. Esse fenômeno do crescimento tem sido global em todas as áreas.”, analisa.
Ao lado de nomes reconhecidos, como José Eduardo Agualusa, Ondjaki e Pepeleta, Isabel Ferreira assume um importante papel na divulgação da literatura angolana em países de língua portuguesa. No Brasil, a leitura daquela nação está em expansão, e a escritora acredita que há laços culturais muito fortes entre os dois países. “São grandes ligações ancestrais, não só emotiva, como cultural e econômica. O Brasil foi o primeiro país que me reconheceu como escritora angolana e que divulgou o meu trabalho. Foi também o primeiro a admitir a independência de Angola. Brasil é minha casa.”
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