Diário de Pernambuco
postado em 16/12/2013 13:16
Divertida e muito de bem com a vida. Assim é Fabiana Karla, a Perséfone da novela Amor à vida. Contente por poder passar uma mensagem positiva com sua personagem, a atriz recifense acredita que o importante é ser feliz, independentemente da forma física. Surpresa com o sucesso de Perséfone na trama de Walcyr Carrasco, ela destaca que formou uma nova família no folhetim.
Por falar em família, a atriz de 38 anos que é mãe de Beatriz, Laura e Samuel, e companheira de Bruno Muniz, entrega que o marido é bem compreensivo com o seu trabalho e fã de suas cenas na novela. Apesar da vida corrida por causa das gravações da novela e do humorístico Zorra total, Fabiana diz que ainda vai encontrar tempo para lançar, provavelmente após o final do folhetim, o livro O rapto do galo, que retrata o famoso Galo da Madrugada, símbolo do carnaval pernambucano.
Entrevista >> Fabiana Karla
Perséfone tem passado a mensagem da importância das pessoas se sentirem bem, independentemente de estarem ou não em forma. Como você se sente levando esta questão para as mulheres?
Acho que através da Perséfone eu realmente devolvo a autoestima para as pessoas. É claro que eu não faço a apologia da gordura, mas, sim, a do bem-estar. Você tem que ser feliz como você é! Aquilo de fazer o que dá para hoje. Se mexa, porque o pior pecado é a omissão. O dia a dia não é tão fácil, mas a gente tem a obrigação de ser feliz e temos que buscar isso 24 horas, do jeito que der. Às vezes estou sentada e vejo uma flor ou uma borboleta passar e digo: isso foi só para mim. Seja positiva porque isso só soma na sua vida.
Perséfone começou discreta e hoje é um dos destaques do folhetim. Muitos torcem para que ela tenha um final feliz ao lado de Daniel (Rodrigo Andrade). Você sente um retorno grande por parte do público?
Sinto, sim! E as pessoas vêm sempre falar comigo. É impressionante como elas adoram a Perséfone. Mas, sinceramente, quando a novela começou, eu não esperava nada. Aquela coisa de cego em tiroteio. A gente entra num trabalho querendo acertar, fazer o que o autor está sugerindo. Porém, às vezes, a cena não é dirigida só por um diretor. Tem várias sequências e você tem que ter coerência e se deixar dirigir. É complexo, porém prazeroso demais o retorno do público. Estou amando fazer o trabalho, a novela, e estar ao lado de colegas tão queridos.
[SAIBAMAIS]Amor à vida é bem diferente do seu trabalho no Zorra total, não?
É uma família nova. Eu já tenho a família do Zorra total há 10 anos. Agora tenho que fazer um trabalho crível, com uma personagem mais real, mais de cara limpa. Não preciso me esconder tanto como eu faço com os meus personagens no Zorra, com caracterizações.
Você é muito alto astral. De onde vem todo o seu carisma?
Eu tenho três filhos (Beatriz, Laura e Samuel), faço dois trabalhos importantes, viajo, tenho esse lado de modelo plus size, ainda faço desfiles e capas de revista de moda... E lido muito bem com essa questão. Só tenho que ser feliz e me sentir abençoada por tanta coisa na minha vida. Quanto ao carisma, acho que é porque faço tudo com muito prazer e gosto quando as pessoas se reconhecem no meu trabalho. A Perséfone veio com esse cunho de lançar moda para as meninas plus, de destacar a questão, o tema, que muitas vezes não é tão debatido.
Você tem um apoio emocional da família e equipe, não é?
O Bruno é um marido tão querido, que só aplaude meu trabalho. Eu chego e minha casa está com uma energia boa e com ele lá, ao meu lado. Isso é maravilhoso. Tenho a minha empregada Cláudia que está comigo há tantos anos... É o meu anjo de guarda. Ela diz que eu sou Porcina porque grito: ;Claudia!” Mas tudo dá certo e sou muito grata a ela. Conto com o Cristiano que é o meu Crô (referência ao mordomo interpretado por Marcelo Serrado em Fina estampa), que cuida da minha agenda. E ainda tenho o meu escritório. Sem essas pessoas eu não conseguiria fazer tudo. Claro que também sem o meu marido e os meus filhos não conseguiria.
Após a novela, você pretende lançar o livro O rapto do galo. Está empolgada?
Quando resolvi fazer esse livro, achei que meu público estava descoberto, em especial as crianças. Aí me veio a vontade de falar algo maior para as pessoas conhecerem mais da minha história. Não sei fazer uma obra por fazer. A gente tem um legado, um motivo, a nossa arte tem que inquietar de alguma forma. Tenho um primo que é cineasta e, no ano passado, a gente ficou filmando junto. Eu com meu olhar e ele com a experiência dele... A gente estava conversando e ele me deu o toque de falar sobre o Galo da Madrugada. E aí me veio à cabeça: vou fazer a história que conta o rapto do Galo. E consegui! Fiz como se fosse um repente, um cordel. Mas não quis ser tão pretensiosa e fiz rimado. O livro será lançado pela Editora Rocco. A primeira pessoa que eu dei para ler foi Thalita Rebouças, que é um termômetro para mim. Ela se emocionou quando leu e me incentivou. E isso me deu a certeza de que estava no caminho certo. Espero que as pessoas curtam bastante o meu livro.