Palindrimas ; Palíndromos rimados e musicais deveria ter ficado pronto no início do ano, mas somente agora Renato Matos conseguiu finalizar a edição e o livro de mais de quatro mil palavras está pronto para ser lançado. O poeta está contente da vida. O Palindrimas saiu do jeitinho que ele imaginava, com ilustrações feitas de próprio punho e um disco no qual amigos e poetas da cidade recitam, cantam ou leem os palíndromos, uma morfologia que atormenta o autor há mais de duas décadas. Ele costuma brincar que Deus não dá descanso e manda, no mínimo, um palíndromo por noite. O difícil é lidar com eles e saber o que fazer.
Matos já implorou, mas Deus não para de mandar as palavras. Ele já coleciona uma leva surgida após a conclusão do livro. Muitos entraram no DVD que está filmando sob direção de Tânia Quaresma e com participação de amigos e poetas. ;O prazer do palíndromo é a gente perceber que uma palavra pode virar uma frase diferente dentro dela mesma;, diz Matos.
Essas palavrinhas, que podem ser lidas de trás para frente sem perder o sentido, são bastante difíceis de se encontrar em qualquer língua, mas, para o poeta e compositor, a coisa simplesmente brota na cabeça. E em quantidade e velocidade tão altas que ele chega a pedir, ;Pelo amor de Deus!”, para que parem. Por precaução, ele anota tudo. E daí foi construindo seu Palindrimas ; Palíndromos rimados e musicais.
Leia trecho do livro:
SÓ IVAN AMA NAVIOS
A VELA LEVA
O JUS O SUJO
O MAR O RAMO
O JURAM MARUJO
O PORTO O TROPO
AMA NON AMA
AÍ O MAR TRAMÓIA
AMAR A RAMA
LEME E MEL
O AÇUDE SEDUÇÃO
OMITIRAM O MARÍTIMO
O AZAR A RAZÃO
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