Mesmo antes da divulgação dos dados oficiais, a Agência Nacional do Cinema (Ancine) comemora os bons números de 2013. Pelo Twitter, o diretor presidente da autarquia divulgou estatísticas sobre a produção e o consumo cinematográficos no Brasil. De acordo com ele, o número de locais de exibição no país cresceu 8%, fazendo com que o país alcance a marca de 2,7 mil salas. Além disso, as produções nacionais tiveram o melhor desempenho em bilheteria desde os anos 1980, com 27 milhões de ingressos vendidos.
Apesar dos resultados positivos, alguns problemas persistem. Entre eles, o enorme abismo entre as arrecadações de produções da Globo Filmes e de longas de caráter autoral. Comédias e continuações como De pernas pro ar 2, de Roberto Santucci, dominaram boa parte das bilheterias, cravando 4, 8 milhões de espectadores e conquistando o primeiro lugar. Em seguida, aparece Minha mãe é uma peça, de André Pellenz, responsável por levar 4,5 milhões de pessoas às salas escuras. Entre os 10 filmes brasileiros com arrecadação maior que um milhão, apenas Somos tão jovens, de Antônio Carlos Fontoura, e Faroeste caboclo, de René Sampaio, não fazem parte do gênero.
Mais uma vez, o estado de Pernambuco mostrou vitalidade no cinema ficcional, com lançamentos que despertaram o interesse da crítica e dos cinéfilos. O ano de 2013 começou com a estreia do instigante O som ao redor, de Kleber Mendonça Filho, representante indicado pelo Brasil para concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro, mas reprovado na penúltima fase de seleção. Em novembro, Tatuagem, vencedor do Festival de Gramado, foi lançado no circuito. O filme sobe o cabaré Chão de Estrelas, na periferia do Recife, marca o debut do roteirista Hilton Lacerda na direção de um filme de ficção.
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