Tudo o que Vinicius de Moraes tocava ganhava formas de arte, vida própria e preciosidade. Mesmo as poesias manuscritas quando ele tinha apenas 16 anos já demonstravam que havia ali um poeta pronto, que se transformaria em mestre anos depois. O poetinha, que faria 100 anos em 2013, colecionou versos em cadernos, pedaços de papel, cartas de admiradores e amigos célebres como Tom Jobim, Carlos Drummond de Andrade, Antônio Cândido, Pablo Neruda, além de desenho e pintura, de Carlos Leão e Cândido Portinari, respectivamente. Tudo virou relíquia e faz parte da coletânea de documentos de Arquivinho Vinicius, que apontam de traços sutis a marcas profundas da vida do Poetinha.
A coleção é uma edição comemorativa que celebra o centenário do poeta com preciosidades guardadas por mais de 80 anos, como um caderno em edição fac-símile com 14 poemas, sendo 13 inéditos. Datados aproximadamente de 1931, os manuscritos teriam sido feitos dois anos antes da publicação do primeiro livro do autor. Outra raridade é um CD recheado de canções com letras e músicas compostas por Vinicius de Moraes e interpretadas por Miúcha.
O caderno e o CD são as duas novidades da nova edição que Georgiana de Moraes, filha do poeta com Lila Bôscoli, descreve com entusiasmo: ;O Arquivinho do Vinicius foi o primeiro que a Bem-Te-Vi fez, que era na época uma coisa mais caseira, feita em caixa de papelão. Com o centenário, resolveram elaborar nova edição, maior e com duas coisas de acréscimo: o disco da Miúcha ; bem disparatado, vai de canções lindas e sérias a um frevo e a uma música que ele fez em inglês para mim, quando eu nasci. E o caderno de poemas dele, o primeiro, escrito à mão quando ele era adolescente, e que estava com tia Laetitia da Cruz de Moraes (irmã do poeta). Ela o levou ao escritório para incluírem na edição. Cada uma daquelas coisas são um apanhado de raridades, como se tivessem mexido no baú do Vinicius.;
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