Diversão e Arte

Zumbis, fantasias e terrorismo marcaram o ano do cinema internacional

Ricardo Daehn
postado em 29/12/2013 09:39

Tom Hanks é visceral e realista em Capitão Phillips, destaque de 2013

Um ano que traz de empolgantes altos ; seja pelas viscerais e realistas viagens empreendidas por Tom Hanks (no incontrolável cargueiro de Capitão Phillips) e Sandra Bullock (a mulher forte à deriva no 3D de Gravidade) ou por Michael Haneke eternizando o Amor, abrilhantado pela dolorosa valsa entre os ícones Emmanuelle Riva e Jean-Louis Trintignant ; a baixos marcantes, como Pedro Almodóvar assinando uma fita medíocre (Amantes passageiros) ou um cardápio infantil fartamente amparado no excesso de continuações (Smurfs 2, Meu malvado favorito 2, Tá chovendo hambúrguer 2 e Universidade Monstros), 2013 não se deixa passar em branco.



Multiplicado nas telas, Hugh Jackman não apenas soltou a voz na adaptação de Os miseráveis, como desfiou suspense tanto em Wolverine ; Imortal (sem vilão pré-determinado) quanto no tenso Os suspeitos. Nesse, aliás, despontaram comportamentos assustadores do americano médio, num drama tenso e recheado com bons atores. Também sob o crivo do cinema, as imperfeições americanas despontaram em Killer Joe: Matador de aluguel (dirigido pelo rigoroso William Friedkin), bem como nos submundos sensuais de O conselheiro do crime e Obsessão, inflamados por presenças como as de Penélope Cruz, Cameron Diaz e Nicole Kidman. No contraponto do mea-culpa, a diretora Kathryn Bieglow pôde ser ignorada no Oscar, mas fez barulho com A hora mais escura (a exumação pública da morte de Osama bin Laden, atestada por uma fortaleza de mulher).

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