postado em 09/01/2014 08:43
Os cantores de ópera assumem no palco o exagero para dar vida aos personagens, em figurinos exuberantes, recursos cênicos chamativos, mas é a voz o que reverbera pelas paredes dos teatros. Por ela, a história assume ritmo, impacto dramático e cômico. O clímax da narrativa ganha vida com a alteração vocal, sobretudo.;Uma ópera é o triunfo da voz exclamada, não havendo ato importante que não se pratique sem o acompanhamento de um bom ;dó de peito;;, diz o autor do livro Resumo da ópera, A.S Franchini, que fez uma seleção das principais obras literárias, transformadas, posteriormente, em óperas: Fidélio, Norma, Carmen, O guarani, O barbeiro de Sevilha, Fausto, Lucia di Lammermoor, Pelléas e Mélisande, A flauta mágica e Salomé estão entre os 20 títulos que compõem o livro de Franchini.
Pela ópera, o canto foi elevado à categoria de arte suprema, segundo o autor. ;Alguns estudiosos sugerem que a voz elevada tenha se originado em razão da acústica precária dos primeiros teatros, e que, com o passar do tempo, os dotes vocais privilegiados dos cantores tenham se imposto naturalmente à apreciação do público, a ponto de se tornarem o centro das atenções;, explica. Porém, sem o canto que dá vigor ao gênero ; herdeiro direto do teatro grego ; é o próprio texto que assume o protagonismo. Este, aliás, veio bem antes de tenores e prima-donas.
Mas, afinal, que histórias contam as óperas? Foi essa a pergunta que motivou a pesquisa de Franchini. ;Minha escolha se deu por motivos literários, pois as óperas, além de obras musicais, são também obras cênicas que se baseiam em textos de alto teor literário, os chamados ;libretos;. Lendo os libretos ; e a história de suas confecções ; pude constatar a beleza do conteúdo literário, que muitas vezes parece ficar em segundo plano quando se faz a apreciação de uma ópera.; E foi assim que o pesquisador decidiu contar a história de cada ópera, deixando de lado o aspecto musical.
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