Apesar dos 48 anos completados ontem, o presente de aniversário do cineasta Karim A;nouz chegou dois dias adiantado: ao lado de diretores como Alain Resnais e George Clooney, ele foi anunciado para competir no 64; Festival de Berlim (em mesmo certame que, há seis anos, rendeu Urso de Ouro para Tropa de elite). ;Quando se pensa na França, vem à cabeça o champanhe e a moda. Na Inglaterra, há identidade com o chá. Com o Brasil, é a sensualidade que está em foco, no clichê. Existe essa expectativa com relação ao cinema, sim. Mas, as pessoas estão abertas e querem ser surpreendidas;, analisa o cearense, ao comentar Praia do Futuro, filme que lhe traz nova projeção internacional.
Com o mesmo Wagner Moura de Tropa de elite, Karim chegará a Berlim munido de um amuleto. ;Não tem como descrever: mas o Wagner é dono de um imenso carisma e de uma tremenda inteligência cênica. A gente se perde olhando pra ele. Além de tudo, ele é um colaborador. Não é uma relação unilateral, e o menino tem um borogodó; Mas, na hora de filmar, quem manda sou eu;, brinca o cineasta que é ex-estudante da Universidade de Brasília (UnB).
Com visão de quem já integrou o júri de curtas-metragens (em Cannes), ao lado do celebrado belga Jean-Pierre Dardenne, Karim arrisca identificar o elemento-chave de um julgamento de qualidade: ;o filme tem que chegar a um lugar que te emocione, te mobilize. Quando a gente não percebe a engenharia para chegar neste ponto é que a produção arrebata de verdade;.
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