A audiência das séries criadas para a televisão e a internet ultrapassa as fronteiras da passividade quando se trata de decidir o futuro dos personagens acompanhados com devoção por temporadas intermináveis. Se antes os espectadores apenas recebiam as imagens sem conseguir interferir ; ou manifestar descontentamento intermediado pelas emissoras ;, hoje o cenário mudou. A televisão já não é a única opção para assistir às séries e a internet trouxe, ao mesmo tempo, a rapidez de reação, a flexibilidade e a interatividade: comentários em redes sociais e pressão dos fãs em chats de discussão se tornaram mais poderosos do que as medidas de audiência que regulavam a mudança de rumos das novelas.
Agora, é a vez de Dr. Who e Sherlock terem os sets invadidos pela opinião dos fãs. Dr. Who, um alienígena capaz de viajar no tempo e dono de 12 e encarnações, ganhou uma virada extraordinária depois que espectadores fanáticos reagiram zangados ao fim próximo do personagem. No episódio especial de Natal, o autor Steven Moffat concedeu ao doutor mais 12 incarnações, o que complica os próximos episódios da oitava temporada da série da BBC.
O episódio especial de Sherlock, exibido no primeiro dia do ano, também pareceu uma resposta aos comentários nas redes sociais. Na história, escrita por Mark Gatiss, também roteirista de Dr. Who, uma fala de Sherlock parece reagir à reação indignada dos fãs em relação ao momento em que o personagem escapa da morte ao despencar de um telhado. Sherlock estreou em 2010 com apenas três episódios e está na terceira temporada, que se encerra em fevereiro.
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