postado em 27/01/2014 08:15
Um feixe de luz multicolorida invadiu as salas escuras de projeção de cinema do Brasil. O mês de janeiro nem terminou e dois longas-metragens brasileiros de animação entraram no circuito cinematográfico do país. Minhocas frequentou os espaços desde a primeira semana do ano. O segundo lançamento, ainda em cartaz, O menino e o mundo, ocupa as sessões vespertinas do Espaço Itaú CasaPark. Parece pouco, mas indica uma mudança gigantesca na trajetória do cinema de animação do Brasil, com forte histórico de dificuldades e desprezo do público. O cenário, aparentemente favorável, é estimulante para o animador Alê Abreu, lançando o segundo longa da carreira desde O garoto côsmico (2007).
O cineasta, de 42 anos de idade, começou a se interessar pelo cinema animado quadro a quadro em um tempo em que não existia constância na produção de títulos para cinema no Brasil e praticamente todos os filmes de animação brasileiros eram produtos da publicidade. ;Quando eu tinha 12 anos, entrei num curso de animação no Museu da Imagem e do Som (MIS). Naquela época, o que existia de autores dava para contar nos dedos. Com o passar do tempo, foi criado o Animamundi (festival inteiramente dedicado à animação), uma vitrine para estimular artistas. Depois, houve a criação da Associação Brasileira de Animação (ABCA), que nos deu forças para lutar por políticas públicas de fomento à produção. Eu já tinha feito 20 anos quando as coisas melhoraram;, relembra.
Números ilustram o que Abreu experimentou na pele. Segundo registro feito pela Associação Brasileira de Animação, na década de 1990 inteira, o Brasil produziu cerca de 216 filmes e, no primeiro ano de realização do Animamundi, em 1993, se inscreveram apenas 30 títulos. Nos início do século 21, a mudança é expressiva. Entre os anos 2000 e 2004, foi registrada a produção de 373 filmes. O responsável pelo aumento do volume de produção é o barateamento das tecnologias digitais. ;Era muito caro produzir um filme desenhado quadro a quadro. Era necessário uma equipe de desenhistas, arranjar dinheiro para pagar o acetato das películas etc.;, enumera Abreu.
O cineasta, de 42 anos de idade, começou a se interessar pelo cinema animado quadro a quadro em um tempo em que não existia constância na produção de títulos para cinema no Brasil e praticamente todos os filmes de animação brasileiros eram produtos da publicidade. ;Quando eu tinha 12 anos, entrei num curso de animação no Museu da Imagem e do Som (MIS). Naquela época, o que existia de autores dava para contar nos dedos. Com o passar do tempo, foi criado o Animamundi (festival inteiramente dedicado à animação), uma vitrine para estimular artistas. Depois, houve a criação da Associação Brasileira de Animação (ABCA), que nos deu forças para lutar por políticas públicas de fomento à produção. Eu já tinha feito 20 anos quando as coisas melhoraram;, relembra.
Números ilustram o que Abreu experimentou na pele. Segundo registro feito pela Associação Brasileira de Animação, na década de 1990 inteira, o Brasil produziu cerca de 216 filmes e, no primeiro ano de realização do Animamundi, em 1993, se inscreveram apenas 30 títulos. Nos início do século 21, a mudança é expressiva. Entre os anos 2000 e 2004, foi registrada a produção de 373 filmes. O responsável pelo aumento do volume de produção é o barateamento das tecnologias digitais. ;Era muito caro produzir um filme desenhado quadro a quadro. Era necessário uma equipe de desenhistas, arranjar dinheiro para pagar o acetato das películas etc.;, enumera Abreu.
Assista ao trailer de Minhocas e O Menino e o Mundo:
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