Gloria é um mulher de meia idade, divorciada, que vive em Santiago em busca de um novo amor. Gloria, atualmente em cartaz no Espaço Itaú de Cinema CasaPark, rendeu à atriz Paulina García, o Urso de Prata de melhor atriz no Festival Internacional de Berlim no ano passado e é o quinto longa-metragem assinado pelo cineasta provocador Sebastián Lelio. É mais um dos filmes do novo cinema chileno a atestar a qualidade da produção daquele país. A retomada do cinema chileno, desde o começo dos anos 2000 com a abertura democrática do país, recebeu a Carte Blanche ; honraria cedida pelo Festival de Filme de Locarno, na Suíça, a filmografias provocadoras ; e está sendo comparada à emergência dos argentinos nos anos 1990.
São várias frentes contribuindo para o vigor produtivo chileno. ;O Chile teve uma geração de cineastas excelentes, entre os quais estavam Rául Ruiz e Patricio Guzmán. Com a volta da democracia e os mecanismos de apoio estatal, sinto que esta herança cultural foi retomada naturalmente. Não há uma explicação racional para isso, há apenas uma razão poética;. É a opinião da cineasta Marialy Rivas, cujo filme mais recente, Jovem aloucada, acaba de entrar em cartaz em algumas praças do Brasil (sem previsão em Brasília).
Mais recentemente, a distribuição no Brasil nos deixou acompanhar o fechamento das feridas causadas pela ditadura de Augusto Pinochet (1973 ; 1990) em Machuca (2004), de Andrés Wood, e No (2011) e Tony Maniro (2008), ambos de Pablo Larraín.
Assista ao trailer de Gloria: