Antes de mais nada, cabe a delimitação: o que seria um Bro? ; aquele que dá sentido e pano pra manga no livro O código Bro. Os autores, leia-se a fictícia parceria entre o personagem Barney Stinson (saído da série Como eu conheci a sua mãe) e Matt Kuhn, roteirista consagrado, saltam apressados para a definição: ;Um Bro é alguém que fica de quatro para que alguém fique de quatro para você;. Em patamar mais considerável do que ;o cara ou o mano;, o Bro não se presta a ser visto como irmão (de ;brother;), isso dada a latente trairagem de um irmão de sangue, frente à ;uma gostosa; que seja levada pra sua casa.
Familiarizar-se com o material da publicação, toda estruturada no rigor de artigos (jocosos), exige predisposição para o bom humor. Numa das páginas, por exemplo, figura a ;fórmula (matemática, de fato) da diferença de idade aceitável entre o Bro a pretendente;, enquanto noutras, os autores seguem afirmando, pressupostos do código, desde os primórdios, acomodados ;na tradição oral;. Na cartilha, o artigo 14 é bem chamativo, por induzir homens a seguirem atitudes bobas, já que ;é melhor que as mulheres pensem que todos os homens são idiotas do que dizer a verdade;. Nos ensinamentos, aparecem regras, entre as quais, a da ida ao cinema entre Bros, que, independentemente da ;economia de custos;, jamais pode compreender a divisão de uma pipoca grande.
Natureza
Também versando sobre dividendos, fica estipulado que ;um Bro leva ou busca outro no aeroporto, mas nunca as duas coisas na mesma viagem;. No bronáculo ; destacado em adendo, nos moldes de vocabulário ;, é possível se informar de bromicídio (cujo primeiro remete a Caim e Abel) e da função de um wingman (capaz de ajudar o outro Bro na caçada noturna), isso logo na sequência das emendas aos artigos que listam exceções à rigidez do código como as que atingem ;fantasias com gêmeas escadinavas;. Numa linguagem clara, há remissão à etiqueta do ménage à trois ideal, precedido e sucedido por um belo banho.
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