Diversão e Arte

Livro reúne sonetos de 15 poetas da cidade para reafirmar a força do gênero

Idealizado por João Taveira, o autor também pretende expandir a publicação do formato para outros gêneros, como conto e crônicas

postado em 17/02/2014 08:27

Anderson Braga Horta participa da antologia com 10 sonetos

Os sonetos são poesias com estrutura muito particular: 14 versos medidos, distribuídos em dois quartetos e dois tercetos ; com rimas ou não. O nome sugere musicalidade de pequenas canções. Em Brasília, alguns poetas conseguiram (e conseguem) cultivar o gênero, seguindo a tradição italiana e ibero-americana dos versos decassílabos. Reuni-los em um único livro, no entanto, significou um desafio para o poeta e crítico literário João Taveira, que precisou se limitar a 15 autores no momento de produzir o Sonetos de Bolso ; antologia poética. ;O propósito é muito simples. É facilmente demonstrado que o soneto continua firme e forte. Poetas tentaram abandonar a forma fixa, mas a geração de 45 recuperou o soneto;, diz Taveira, que divide a organização do livro com o ensaísta Jarbas Júnior.



A história e consolidação do soneto na Europa impulsionou a produção no Brasil. A forma rigorosa atraiu romancistas, poetas parnasianos e simbolistas. ;No generoso ambiente tropical brasileiro, desde o período do barroco literário, tivemos talentosos cultores, a partir do surpreendente e inquieto Gregório de Mattos Guerra. Em seguida, Basílio da Gama, Silva Alvarenga, Alvarenga Peixoto, Gonzaga cultivaram o gênero. E serviu-se dele também, com exuberante brilho camoniano, o exímio sonetista Cláudio Manoel da Costa;, lembra Jarbas Junior.

Formato

A ideia do livro de bolso surgiu quando o autor percebeu que, em Brasília, publicam-se poucos livros no formato. Por isso, pretende expandir a publicação do formato para outros gêneros, como conto e crônicas. ;Depois que terminei o livro, outros autores apareceram, mas não havia mais espaço e, por isso, estamos pensando em fazer uma continuação do Sonetos, além de trazer contistas, cronistas e romancistas." Para ele, os poetas contemporâneos, no entanto, preferem os versos livres e é com a frase ;o soneto é o traje a rigor do pensamento;, do poeta brasileiro Paulo Bonfim, que Taveira argumenta que é preciso resgatar o vigor do estilo.

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