Foi em Paris, em 1947, onde o cronista Rubem Braga esbarrou com Tônia Carrero, pela primeira vez. O suficiente. A partir dali, Tônia se tornaria uma verdadeira obsessão do escritor capixaba, que dedicou inspirados versos e crônicas à artista. Carlos Drummond de Andrade viveu experiência parecida. Segundo consta, o poeta evitava olhar diretamente para Tônia ; então com 21 anos ; constrangido pela beleza arrebatadora da atriz.
Tônia Carrero será sempre lembrada pelos traços únicos, que a tornaram uma das mais belas mulheres da dramaturgia brasileira. No entanto, não foi somente a estética que a consagrou. Com atuações marcantes e uma ousada presença de palco, Tônia permanece como uma referência na arte da interpretação. Heroína, vilã, cortesã ou anjo, Tônia personificou inúmeros tipos da cultura brasileira.
Em entrevista ao Correio, o ator Ney Latorraca relembra os melhores momentos vividos ao lado da atriz e revela alguns ;presentes; que ganhou de Tônia ao longo da vida. Da mesma maneira, o experiente Mauro Mendonça recorda a emoção de acompanhar a artista no último trabalho nos palcos. Eles protagonizaram Um barco para o sonho, em 2007. ;Foi nosso primeiro grande trabalho juntos, depois de décadas de carreira, vejam só. Pena que demoramos tanto. Mas, foi especial;, contou.
Entre os familiares, o único e célebre filho, e também ator, Cecil Thiré, fala da angústia de ver a mãe sobre a cadeira de rodas (em consequência de um quadro de hidrocefalia oculta), mas da alegria de tê-la, por perto, ;lúcida, esbanjando alegria, embora pouco fale;. Há cinco anos, Tônia mora com o sobrinho e afilhado, Leonardo Thierry, que fez questão de compartilhar algumas palavras sobre a tia: ;Ela é quem melhor lida com a situação atual.;
Confira o trailer de Chega de saudade, último trabalho lançado de Tônia
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