Diversão e Arte

Diretor José Padilha assina remake de Robocop; filme estreia nesta sexta

A ideia surgiu após uma reunião com os executivos da MGM. Em coletiva, o cineasta comentou que o filme discute a geopolítica norte-americana

postado em 19/02/2014 08:18

Pela primeira vez, o diretor não conseguiu ter controle total sobre as escolhas artísticas

Rio de janeiro ; Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (18/2) na capital fluminense, a equipe do filme Robocop trocou as paisagens ocupadas por arranha-céus de Detroit (cidade onde se passa o filme) por uma vista privilegiada da Praia de Copacabana. Para os brasileiros, a expectativa em torno do lançamento era grande, visto que a direção da nova fita do policial robô é do diretor José Padilha (Tropa de elite, Ônibus 174). Ao contrário do que pensa a maioria, o diretor brasileiro confessou que a ideia do remake partiu dele mesmo, durante uma reunião com executivos da MGM.

;Eu nunca estive desesperado para fazer um filme em Hollywood. Desde Ônibus 174, todos os meus longas foram produções entre os dois países. Queria algo que me agradasse e, durante um encontro na MGM, em que eu não estava gostando muito dos projetos apresentados, olhei para a parede e vi um pôster do primeiro Robocop (um filme de que gosto muito). Perguntei: ;Por que não fazemos um filme sobre ele?;. Achei que podíamos fazer um filme político, que discutisse a geopolítica norte-americana, pegando a carona no uso de drones pelo exército;, relembrou.



Essa é a linha seguida pelo novo Robocop. O mote do longa é o uso de tropas formadas unicamente por máquinas agindo em conflitos localizados fora dos Estados Unidos. Reverter a proibição do uso de drones dentro do país é a missão do vilão, o industrial Raymond Sellars (Michael Keaton), que encontra no policial acidentado Alex Murphy (Joel Kinnaman) a resposta ideal para unir humanos em máquinas como uso de força policial. Pela primeira vez, o diretor não teve controle total sobre as escolhas artísticas de um filme, mas conseguiu incluir o trabalho dos brasileiros Lula Carvalho (fotografia) e Daniel Rezende (montagem) na equipe. ;No set, nós três discutíamos tudo em português. De repente, a gente olhava em volta e tinha umas 100 pessoas nos olhando sem entender nada. Era praticamente um estúdio brasileiro, gente!;, revelou.

Em português

De volta para casa, José Padilha manteve a posição e se recusou a conversar com os jornalistas em inglês durante a entrevista coletiva. ;Eles me pediram para falar em inglês, para ajudar os atores a nos entender. (Porém) vou falar na minha língua mesmo, não quero falar em inglês no meu país;, declarou o diretor no começo do evento.

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