Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Exposição de Yayoi Kusama tem interatividade no primeiro fim de semana

Obsessão infinita atrai pela leitura imediata proporcionada pelo universo colorido da artista

no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), já foi de espera e muita gente para conferir como a japonesa transforma em sonho agradável o sofrimento vivido durante as alucinações causadas pelos transtornos psiquiátricos dos quais sofre há mais de quatro décadas.

Diversão tanto para crianças quanto para adultos ; apesar da classificação indicativa para algumas salas por conta da obsessão da artista com falos ;, Obsessão infinita atrai pela interatividade e pela leitura imediata proporcionada pelo universo colorido de Kusama. ;Trabalho com scrap e no scrap, tem muito essa coisa do círculo e das cores;, explica Viviane Marques, 38 anos, que levou o filho Mateus, 1 ano, para visitar principalmente as salas dos espelhos. ;A bolinha é algo que está no imaginário das crianças. E é legal você pode tirar foto. Fiquei muito na parte interativa, mas gostei muito dos quadros e vou voltar para ver de novo;, garante.



Com mais de 100 obras que fazem uma retrospectiva dos momentos e temáticas mais importantes da trajetória da artista, a mostra concentra pelo menos quatro instalações que seduzem o público imediatamente. As duas salas dos espelhos ; uma com falos que brotam do chão e outra com 279 luminárias coloridas ; são os pontos mais fotografados da exposição. Só no Instagram, o nome da artista aparece em mais de 25 mil hashtags, boa parte delas para indexar fotos feitas nas salas.

A estudante de desenho industrial Ester Sabino, 21, já conhecia o trabalho da artista e levou um grupo de amigos ao CCBB. O processo de confecção das obras da japonesa foi tema de estudo durante um workshop e Ester já estava familiarizada com as bolinhas. O que não conhecia era a sensação provocada pelas obras: ;Ela faz da obsessão dela algo visualmente interessante e bonito para os outros. Ela transparece o sentimento dela para os outros e a exposição é a oportunidade de ser um pouco a Yayoi;. Amigo de Ester, o também estudante Pedro Joffily, 18, nada sabia sobre a japonesa até chegar ao CCBB. ;Descobri hoje que ela tem esse problema que a faz ver bolinhas e isso acrescenta muito. Agora, vou enxergar as bolinhas como uma coisa que atrapalha e não como algo bonitinho;, diz.

A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique .