Os ouvidos afiados do percussionista Naná Vasconcelos estiveram sempre à procura da mistura. Uma das experiências mais ousadas que ele promoveu ocorreu no início dos anos 1980, quando vivia nos Estados Unidos. Ao perceber o desabrochar da dança de rua que vinha da periferia de Nova York, o músico achou que a manifestação cairia bem com doses de coco e maracatu. Assim, Naná saiu em turnê pela Europa com o grupo Magnificent Force, unindo pioneiramente a cultura hip- hop aos ritmos nordestinos.
;Eles é que me fizeram usar a bateria eletrônica pela primeira vez;, contou Naná ao Correio, por telefone. Nesta sexta-feira (28/2), na abertura do carnaval do Recife, o músico lança mão novamente da fusão. No concerto que dá a largada para os festejos de momo na capital pernambucana, no Marco Zero, a partir das 19h, Naná, ao lado de 11 nações de maracatu ; cerca de 600 músicos ;, receberá no palco os rappers Marcelo D2 e Zé Brown.
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;Todo mundo quer participar;, comemorou um animado Naná, pouco antes do primeiro ensaio geral para a festa. O percussionista abre o carnaval da cidade há 13 anos, mas é a primeira vez que terá o carioca D2 por perto. ;Zé Brown é pernambucano, então ele e Marcelo têm dois vocabulários absolutamente diferentes. Brown vem das emboladas, das feiras. É uma coisa absolutamente nordestina;, detalha o veterano.
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