O violonista espanhol Paco de Lucía era adorado tanto pelos colegas de ofício, que exaltavam a complexidade e a inovação de sua técnica, quanto por aqueles que nada entendiam de música. A frase, atribuída ao também violonista Manolo Sanlúcar, é relembrada pelo músico carioca Alexandre Gismonti, um dos vários admiradores brasileiros da obra de Paco, morto ontem, aos 66 anos.
Nascido Francisco Sánchez Gómez, na cidade de Algeciras, na região da Andaluzia, o violonista estava em Cancún, no México, quando sofreu um infarto. Ele estava tocando violão na praia no momento em que se sentiu mal e acabou morrendo antes de chegar ao hospital.
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Paco de Lucía trouxe para os dias atuais a tradição secular da música flamenca, o que o tornou conhecido mundialmente. Contudo, soube impor o virtuosismo em outras vertentes, sendo um dos violonistas mais influentes de todos os tempos.
O músico iniciou os estudos de violão aos 7 anos, com o pai. Filho de mãe portuguesa e nascido em família musical, ganhou o nome artístico por ser o ;filho de Lucía;. Paco era um nome de origem cigana comum na vizinhança. O artista começou a se popularizar na Espanha, nos anos 1970, a partir de concertos memoráveis e do registro de um disco ao vivo que se tornou um dos mais vendidos da carreira. Ao lado do cantor Camarón de La Isla, formou a dupla El Camarón-De Lucía, que imprimiu novos rumos para o flamenco a partir de então. Juntos, gravaram mais de dez discos de estúdio.
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